sábado, 15 de outubro de 2022

A difícil missão de Evandro Leitão


No anedotário político, tem uma frase simples mas de ampla interpretação: “o estrago já foi feito”. Refiro-me ao debate que está sendo travado, nesta fase da campanha eleitoral em andamento, quando PT e PDT avaliam a relação. Cabe ao PDT apoiar a candidatura a presidente de Lula, o melhor nome para os interesses do Ceará, como pontuaram Cid, Camilo e Elmano. Depois do resultado de 30 de outubro, tem que nascer a outra conversa: como fica a relação PT/PDT no Ceará. A discussão sobre a relação é uma agenda importante, necessária e que pode ajudar muito o futuro governador Elmano de Freitas, que já sinalizou querer a união para fortalecer sua gestão nos próximos quatro anos. O gabinete do governador eleito já deu sinais claros de que  já deu sinais claros de que o deputado Evandro Leitão deve seguir na presidência da Assembleia Legislativa. O cargo a ser ocupado por um parlamentar filiado a um partido que foi adversário na campanha ao governo é uma senhora abertura para atrair um adversário. No futebol, se diria que o treinador está formando não um time, mas uma seleção. Definido o elenco que o governador eleito pretende formar para tocar a gestão, ficará mais fácil para o presidente Evandro Leitão costurar uma base sólida, capaz de tranquilizar o Abolição e fazer o governador ter aprovados os projetos que constam do seu plano de governo, objetos de promessa em praça pública e nas ruas das cidades do Ceará. Com 13 deputados, o PDT é a força mais atraente, até porque já está dentro do governo e faz parte do projeto. Se o partido de Ciro seguir jogando mal, pode alcançar o sentimento do deputado federal 
reeleito Idilvan Alencar: “se autodestruir”, “se esfacelar”. Não esqueçam: mais da metade do PDT já está sob o controle de Camilo e Elmano.