segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Cid desceu a montanha e pregou para todos que é o líder


Ao descer a montanha da Meruoca, para adesivar e propagar a candidatura da irmã Lia e do irmão Ciro, Cid Gomes fez dois sinais. O primeiro, a família e sua importância. O segundo, que está passando o bastão. Vai ficar no grau de conselheiro, pacificador, eterno senador, sinônimo de sabedoria e liderança.

Cid se despediu, como ele é, dono de notável sabedoria política. “Essa aliança nasceu em 1996, aqui, em Sobral. Depois, se estendeu para o Estado e foi rompida, à minha revelia. Eu não queria”, declarou Cid, para, em seguida, justificar sua ausência. “Me recolhi porque essa eleição não será resolvida no primeiro turno. Vou tentar catalisar, ser o cupido da reaproximação no segundo turno”, previu o líder, que sabe onde está o problema e não revela. 

Como tem a sabedoria e ainda a liderança, Cid sabe que o candidato ao governo da sua base terá mais chance de chegar ao segundo turno. O mais importante na descida da montanha para Sobral foi ver um Cid já sinalizando a aposentadoria, mas se firmando como um “framework”, em inglês, um líder de processos. 

As duas criaturas que criou e esconde de todos cearenses, conhecem e estão se enfrentando em praça público. Cid tem o nome do favorito para o processo, mas o preservou, para saber onde os dois querem chegar. Ele deu a dica para os dois: um líder tem que ter identidade própria, não muletas.