sexta-feira, 16 de setembro de 2022

A campanha política é boa com momentos quentes


Jânio Quadros foi eleito presidente da República, com uma vassoura na mão, para varrer a corrupção. Juscelino prometeu 50 anos em cinco, com a construção de infraestrutura e atração de indústrias. Collor de Melo prometeu acabar com os marajás no serviço público. Lula disse que faria um governo para os trabalhadores. Bolsonaro venceu uma eleição, usando as mídias sociais e prometendo acabar com o PT e a Globo, além de banir os ladrões dos cofres públicos. Eles fizeram muito pouco. A roubalheira segue, os marajás continuam mandando e a capital construída por Juscelino virou um antro de corrupção, a partir do orçamento secreto. Brasília e Rio de Janeiro abrigam a bandidagem brasileira. 

A campanha eleitoral faz bem, porque traz no seu debate as histórias reais, para que o futuro seja planejado de forma diferenciada. É bom o leitor prestar atenção aos discursos, promessas e declarações dos candidatos. O importante na campanha não são as pesquisas dirigidas, apesar de alguns institutos atuarem de forma séria, mas a vontade do eleitor, que tem derrotado os levantamentos. 

Em todo Brasil, as eleições estaduais tem seus momentos quentes, os chamados “pegas” entre candidatos. Em jogo, além do poder da caneta, os orçamentos bilionários. No Ceará, o governador eleito vai administrar cerca de R$ 120 bilhões em quatro anos. Dinheiro superior ao faturamento das 20 maiores empresas do Ceará no mesmo período. A política é o poder. Os governadores têm muita força. É do cofre do Estado que saem recursos para os outros poderes, o legislativo e o judiciário.