segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Debate sobre o voto do pobre desmotiva eleitor


Estamos a 33 dias da data da eleição. Um pleito atípico e considerado de histórica importância por marqueteiros e lideranças políticas. As imagens, até aqui, demonstram pouca participação popular. A impressão que passa é a de uma militância que não tem envolvimento. Parece um pequeno exército de pessoas contratadas, para bater palmas e gritar nas ruas e comícios. 

A única imagem que impressionou, até agora, foi a presença de Bolsonaro na Festa do Peão de Barreiros, onde 200 mil pessoas gritavam “mito, mito, mito”! Com candidatos que não empolgam, como Lula e Bolsonaro, a campanha se arrasta e o eleitor parece ter vergonha de se manifestar sobre candidaturas. É triste. 

A pauta sobre como resolver o problema do pobre deixa muito vulnerável os candidatos e joga no chão os seus propósitos. A distribuição de dinheiro, por si só, não é uma política pública. Pode até ser um temporário auxílio de Estado, mas fica longe de resolver o problema. Há 1.500 anos, se fala no combate à pobreza e ela só aumenta. A desgraça social está no capitalismo de ganância, combatido apenas por alguns países europeus. Os ricos, a cada dia, querem ficar mais ricos, não olhando para os lados ou para baixo da escada, onde surgem mais pobres. 

Lula e Bolsonaro associam a miséria às fações, ao analfabetismo e à falta de oportunidades. Um governou o Brasil por 13 anos. O outro está fechando quatro anos de mandato. Deveriam ter projetos reais para um Brasil onde a pobreza poderia ser combatida, através da educação, pesquisa, investimento em novas e modernas indústrias, segurança e em projetos sociais verdadeiros, como fizeram a China, Singapura, Coreia do Sul e Vietnã.