sábado, 16 de julho de 2022

TSE: Mulheres de 45 a 59 anos com ensino médio completo são a maior fatia do eleitorado

TSE: Mulheres de 45 a 59 anos com ensino médio completo são a maior fatia do eleitorado

A maior parcela do eleitorado brasileiro em 2022 é formado por mulheres, tem ensino médio completo e idade entre 45 e 49 anos. É o que mostram dados do cadastro oficial de eleitores divulgados nesta sexta-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Hoje, são 156.454.011 eleitores que poderão comparecer às urnas em outubro, número recorde. Segundo as estatísticas da Justiça Eleitoral, houve um aumento de 6,21% do eleitorado desde as últimas eleições gerais do país, em 2018. 

De acordo com o TSE, ao todo, são 82.373.164 milhões de eleitoras, o que equivale a 52,65% do total. Já os homens são 74.044.065 milhões, sendo 47,33%. Há ainda outros 36.782 mil votantes sem informação, num total de 0,02%. 

Nas eleições deste ano, 2.116.781 milhões de jovens entre 16 e 17 anos estão habilitados a votar, o que representa um crescimento de 51,13% nessa faixa etária do eleitorado com relação a 2018. Segundo o Cadastro Eleitoral, o eleitorado acima de 70 anos também cresceu. O salto foi de 23,82%, indo de 12.028.608 milhões em 2018 para 14.893.281 milhões de idosos em 2022. Esse número representa 9,52% de todo o eleitorado apto a votar no dia 2 de outubro. No país, o voto somente é obrigatório após os 18 e até os 70 anos. 

Em maio, o tribunal já havia divulgado dados parciais a respeito do eleitorado jovem, quando já se apontava para o recorde de eleitores de 16 e 17 anos. Os números refletem uma intensa campanha feita pelo TSE, com a adesão de artistas e celebridades, para que os mais novos tirassem o título de eleitor. Além disso, o voto de pessoas com 16 e 17 anos caiu na disputa das pré-campanhas dos principais candidatos à presidência, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Segundo o TSE, São Paulo continua a ser o maior colégio eleitoral brasileiro, com 22,16% de todos os eleitores. Em seguida aparecem os estados de Minas Gerais, com 10,41% do total de eleitores e Rio de Janeiro, com 8,2%. Ao todo, a região Sudeste concentra 42,64% de todo o eleitorado nacional. 

Os três estados com menor eleitorado estão na região Norte, que responde por apenas 8,03% dos eleitores. Roraima (0,23%), Amapá (0,35%) e Acre (0,38%) são as unidades da Federação com menos eleitores, respectivamente. Ainda com relação às regiões, o Nordeste vem logo após o Sudeste, com 27,11% do eleitorado. Na sequência aparecem o Sul (14,42%), Norte (8,03%) e Centro-Oeste (7,38%). 

O número de eleitores brasileiros que votam fora do país passou de 500.727 mil em 2018 para 697.078 mil em 2022, o que representa um aumento de 39,21%. Segundo a Corte, esses 697 mil brasileiros correspondem a 0,45% do eleitorado total apto a votar neste ano. 

Os dados da Justiça Eleitoral mostram que, quanto à escolaridade, hoje, a maior parcela do eleitorado declara ter o ensino médio completo: 41.161.552 milhões, o equivalente a 26,31% do total. Nas eleições anteriores, em 2018 e 2014, a principal faixa do eleitorado era aquela composta por pessoas com o ensino fundamental incompleto. Os eleitores com ensino superior completo representam apenas 10,95% do total, somando 17.127.128 milhões de pessoas. 

Dos dados divulgados pelo TSE, também é possível observar que do total de pessoas habilitadas a votar, a maioria, 59%, é de eleitores solteiros. Os casados correspondem a 33% do eleitorado, enquanto os divorciados somam 4%. A Corte ainda informou que 37.646 eleitores farão uso do nome social, um total de 0,02% do eleitorado apto. 

Em uma nota oficial divulgada pela Corte após a publicação do perfil do eleitorado, o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, diz que os números são “efetivamente impressionantes” e demonstram “a pujança cívica da cidadania”, uma vez que os dados revelam “o maior eleitorado cadastrado da história brasileira”. 

O TSE também suspendeu o cancelamento de títulos de 4.159.079 milhões de eleitores que não fizeram a biometria em razão das condições sanitárias provocadas pela pandemia. A medida havia sido aprovada em 2020, para as eleições municipais, e foi estendida para as eleições de outubro após a votação de uma resolução sobre o tema pelo plenário da Corte, em abril. 

O cancelamento dos títulos de eleitores que não fizeram a biometria foi alvo de inúmeras postagens com afirmações falsas envolvendo as eleições de 2022. O cadastramento biométrico é o procedimento de coleta das digitais do eleitorado pela Justiça Eleitoral, utilizado para identificar eleitoras e eleitores no dia do pleito. 

Com os números oficiais do eleitorado, os juízes eleitorais têm até o dia 3 de agosto para nomear os eleitores que serão mesários e darão apoio logístico nos locais de votação.