segunda-feira, 4 de julho de 2022

Chegou a hora da imprensa de qualidade e do difícil combate às fake news


As realizações do poder público estão fora da mídia. É a lei eleitoral. Algo desnecessário, ultrapassado. As autoridades do judiciário mantêm a proibição de anúncios, inaugurações e outras atividades da máquina, por entender que a maioria usa o Erário para vencer as eleições. A própria justiça existe para conter e punir esses abusos e tipos de crime. 

Vem, agora, o primeiro grande desafio do Ministério Público Eleitoral: controlar as fake news. Um capítulo novo nas campanhas eleitorais. Os governos estaduais, prefeituras, câmaras municipais, Congresso Nscional e assembleias legislativas têm, nos seus quadros, pessoas vocacionadas para a política, e os estados e municípios  executivos e legisladores fake news. Ainda bem que são minoria. 

O novo capítulo da política,  até a data do início das convenções, é a montagem da engenharia política para o jogo político das alianças e escolha de candidatos para formação das chapas majoritárias e proporcionais. Os acordos passam por cargos, algo comum no ajuste político. O importante é não vender o estado em troca de apoio. 

Ciro Gomes está  cuidando  da formação da aliança que irá apoiar o nome do PDT ao governo. “Não participo de conchavos e negociatas”, avisou, através da mídia, para não ter que sentar à mesa e ouvir o tal “toma-lá-dá-cá”. 

O período que se inicia, quando o poder público praticamente desaparece do noticiário oficial e penetra  no noticiário de conteúdo, exige da área de comunicação um esforço maior. Afinal, a sociedade se movimenta a partir do  mundo oficial, do Estado. 

O Tribunal Superior Eleitoral reserva para  essa fase da pré-campanha uma página em branco, por impedir publicidade institucional dos governos federal, estadual e legislativo, além de limitar ações do presidente da República e governadores.  Mas, a realidade é que tudo segue em outras plataformas de divulgação, como a internet livre.