sexta-feira, 1 de julho de 2022

Bolsonaro libera R$ 5,9 bilhões em emendas do orçamento secreto para aprovar pacote de bondades


O Congresso Nacional se tornou o cartório para legalizar o pacote de bondades do presidente Bolsonaro e atender à população mais pobre, que sofre com a inflação, e aos atingidos pelos altos preços dos combustíveis. A caridade governamental vai custar R$ 39 bilhões, inicialmente, podendo chegar aos R$ 50 bilhões, se o presidente abraçar realmente a tese da caridade, do socorro aos mais necessitados. 

Além dos bilhões do orçamento da União, para conseguir aprovar seu pacote de bondades, Bolsonaro já torrou R$ 5,9 bilhões do orçamento secreto gerido pelo relator e monitorado pelo presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, e o chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. O cenário é totalmente favorável ao governo, porque deputados  e senadores precisam de recursos para levar às suas bases, em tempos de eleição. 

Fortalecido, Bolsonaro está fazendo o mesmo que seus antecessores. Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma, nas suas reeleições, torraram dinheiro público, para atingir sua meta: um segundo mandato. As brechas nas leis aprovadas pelo Congresso Nacional, referendam as manobras.  Tudo é uma repetição. O Brasil não avançou na legislação para impedir esses exageros por um segundo mandato. 

FHC foi o responsável por essa irresponsabilidade, a partir da aprovação da redução de mandato para presidente, governadores e prefeitos. “Me arrependi, foi um erro” escreveu FHC, após sair do Palácio do Planalto, como o mais impopular presidente da República. 

O processo não tem volta. Lula não pode reclamar, como anda fazendo. O PT usou o dinheiro público para se manter no poder. O ex-presidente está reclamando da distribuição de um botijão de gás por mês. Bolsonaro ri de Lula. “O criminoso começou a falar”, ironizou Bolsonaro.