quarta-feira, 13 de julho de 2022

As lições que o PT está ensinando ao PDT do Ceará


À luz da verdade, o PDT está passando por um momento inesperado. Foi atingido pelo fogo amigo, que incendiou parte do seu patrimônio político. Um grupo de deputados se aliou ao PT, liderado por Camilo Santana, e incendiou a pré-campanha. A surpresa quebrou o plano traçado por Cid e André Figueiredo para chegar a um nome do PDT para disputar o governo em 2 de outubro. 

Os Encontros Regionais começaram com a presença dos quatro pré-candidatos. Izolda iniciou ausência. Era um sinal de que pularia fora? As justificativas das suas faltas estão no diário político de Cid e André Figueiredo. A partir de 2 de abril, data na qual Camilo deixou o governo e Izolda sentou na cadeira principal de governadora, marcou o início de sinalizações claras de enfrentamento às teses da pré-candidatura RC, que foram ganhando espaço, até se confirmarem. O plano era Izolda para reeleição, atropelando o processo interno do PDT. 

Ciro Gomes sentiu o golpe, que já havia sido assimilado por Cid Gomes. A partir dos movimentos e manobras fortes de Camilo Santana e Izolda Cela, começou a percepção de que não seria fácil o processo de sucessão estadual. Deputados como Osmar Baquit, muito sincero, afirmam que demorou demais a escolha do nome. Outros acreditam que o PDT se fortaleceu. É o que pensa Queiroz Filho.  

O embate entre os dois principais aliados, que estão juntos há 16 anos, não era esperado, mas, aos poucos, se tornou real, a partir da disputa nacional entre Ciro e Lula, onde o PT não é parceiro do PDT. Outro fator: o PT quer transformar Camilo, nessa eleição, na maior ou a nova liderança do Ceará. Camilo manobrou bem, ao trazer Izolda para o seu lado. Vejam só: a briga pela vaga de governador ficou tão forte entre aliados do PDT, que esqueceram o Capitão Wagner. Ele surfa com 44% das intenções de votos e o Bolsonaro vem aí, com a máquina quente, que pretende lançar R$ 24 bilhões em bondades no Nordeste, sendo R$ 6 bilhões no Ceará.