quarta-feira, 22 de junho de 2022

Lula apresenta Plano de Governo, com propostas de Ciro


O ex-presidente Lula apresentou seu Plano de Governo. Os sete partidos que formalizaram aliança para apoiar a candidatura do ex-presidente traçaram as “Diretrizes para o Programa de Reconstrução e Transformação do Brasil”. O documento é um catálogo das ações de um provável governo, com 121 itens. 

Pelo plano, Lula, se chegar à presidência, não privatizará os Correios, a Eletrobrás e a Petrobras. Acabará com o teto de gastos e vai pagar a dívida de 66 milhões de pessoas que devem e estão com o nome no SPC-Serasa. Esses itens estão no Projeto   de Governo do pré-candidato Ciro Gomes. A polêmica entre ele e Lula deve esquentar ainda mais. 

Dos pontos colocados pelo grupo que elaborou o plano de Lula, a maioria propõe desfazer o que foi feito pelo governo Bolsonaro, sempre, colocando que a soberania nacional e o respeito à Constituição Federal serão resgatados.

No capítulo da economia, Lula segue o mesmo projeto de Ciro, ao propor redução da inflação, com investimentos em infraestrutura, financiamento de fábricas, exportação de commodities, incentivo à agricultura familiar e formação de estoque regulador.  Para isso, Lula quer acabar com o teto de gastos e transferir renda para a população de baixa renda, renegociando as dívidas de pessoas e empresas juntos aos bancos públicos. 

Para os militares, segundo o plano de Lula, caberá cuidar das fronteiras, da defesa do território nacional, do mar e do ar. “É o que está na Constituição”, está escrito no plano. A segurança pública não ganhou espaço no projeto. O meio ambiente foi prioritário. O setor do agronegócio deverá dar contribuição maior para o meio ambiente e a cota maior de impostos ficará na conta dos mais ricos, que passarão a pagar impostos sobre a renda e o lucro das empresas.  

 O cenário ficou pronto para o início dos debates. Bolsonaro está no governo, executando não o que prometeu, mas aquilo que foi fazendo ao longo do mandato. Ciro e Lula apresentaram seus planos para governar o Brasil. Lula e Bolsonaro se uniram na ideia de não debater em rádio e TV. Ciro insiste. A justiça eleitoral poderá impor debates?