segunda-feira, 6 de junho de 2022

Deodato Ramalho, em nota, afirma que o vereador Ronivaldo Maia foi execrado, sem que a população conheça os fatos do processo


NOTA
 

A injustiça é o que de mais abominável pode existir nas relações humanas. A compreensão sobre isso está imortalizada na frase de Montesquieu: “a injustiça que se faz a um é a ameaça que se faz a todos”. 

O caso do vereador Ronivaldo Maia é exemplar quanto a isso. Comete-se a perversidade de divulgar tudo que se produz contra ele, inclusive deslavadas mentiras, seja do processo ou não, e tudo que eventualmente possa vir a seu favor fica na escuridão, não podemos conhecer, não podemos comentar, não podemos formar qualquer juízo de valor, em razão do sigilo determinado tanto no processo administrativo quanto no judicial. 

Nada é mais surreal do que isso. É uma gravíssima ofensa aos mais básicos postulados do estado de direito democrático, além de consagrar desonesta e desumana formacão de juízo de valor sobre o que ocorreu. Coloca-se o acusado como alvo, entrega-se todas as armas aos acusadores e acusadoras, alimenta-se a opinião pública com as narrativas construídas sem que se conheçam TODOS os fatos que formam o processo, em razão de estar PARTE DELE sob o manto do sigilo. 

Os afoitos e precipitados, que condenam sem nada conhecer, sequer se perguntam a razão pela qual há parte do processo em sigilo e os intolerantes (quando a intolerância  lhes convém), certamente por saberem, apostam nesse silêncio perturbador, na ausência deliberada de luz sobre todos os fatos, para, pela manipulação das informações, alimentarem a narrativa acusatória, na mais perversa linha do punitivismo seletivo, atuando como Torquemadas, Savonarolas e na versão nacional como Sérgio Moro. Não querem justiça, querem a consagração da injustiça, o que lhes alimenta a alma e o coração. 

Esse filme eu já vi e não faz muito tempo.”

Deodato Ramalho

Advogado

Membro da Executiva Municipal - PT Fortaleza.