segunda-feira, 27 de junho de 2022

A eleição caminha para ser um clássico inédito na política brasileira, por envolver o atual e um ex-presidente


Os institutos de pesquisas não acreditam no fortalecimento das candidaturas fora da polarização entre Lula e Bolsonaro. Eles avaliam como um tira-teima, um Fla-Flu ou um Ceará e Fortaleza, no futebol, por causa da grande rivalidade que a pré-campanha foi construindo. Ciro, na avaliação dos estatísticos, é o melhor candidato, mas vítima dessa rivalidade ou polarização.

Ente janeiro e 23 de junho, foram realizadas 45 pesquisas por vários institutos contratados por bancos, entidades de classe e, também, pagas por veículos de comunicação. Os resultados apontam a liderança de Lula, com certa folga sobre o presidente Bolsonaro, e Ciro em terceiro. Os três estão com as mesmas intenções de votos por quase meio ano e isso levou os especialistas a imaginar que o eleitor quer ver a disputa entre Lula e Bolsonaro.

Do ponto de vista do eleitor, se pode considerar um retrocesso, por desprezar outros candidatos. Mas, do ponto de vista político é aceitável. Lula e Bolsonaro têm volume de campanha, são conhecidos por 100% dos eleitores e ocupam 90% dos espaços na imprensa e nas redes sociais. 

Um fato marcante: pela primeira vez, na história da República, um presidente, no exercício do mandato, e um ex-presidente se enfrentam. E o melhor, um presidente popular de extrema direita e um ex-presidente de centro-esquerda. O clássico será vencido com outro dado interessante: Lula foi o único presidente eleito e reeleito em dois turnos. O clássico político será realizado em 2 de outubro. Pelo resultado das pesquisas, Lula venceria no primeiro turno, não teríamos o mata-mata.