O senador Tasso Jereissati voltou, na segunda-feira, 18, a um lugar que marcou sua vida: o conjunto Tancredo Neves, no trecho do bairro Jardim das Oliveiras, na famosa Avenida Rogaciano Leite. O lugar era um matagal e a Lagoa da Zeza inundava as favelas. Jereissati urbanizou, fez drenagem, construiu moradias para milhares de pessoas, através de mutirões. Dom Aloísio Lorscheider pediu para ele olhar a comunidade.
Tasso tinha sido eleito, em 1986, governador pela primeira vez. O retorno dele ao seu passado foi para ser testemunha da ordem de serviço da escola municipal que recebeu o nome sua mãe, Maria de Lourdes. É uma das maiores de ensino fundamental, com 1.000 alunos.
Ao lado do prefeito José Sarto, Tasso era só sorrisos. Moradores das casas construídas nos seus governos agradeciam, pediam fotos suas de quando ele foi eleito governador. Jereissati agradecia, conversava, contava histórias daquele tempo para Sarto e o senador Chiquinho Feitosa, seu amigo. O momento fez ele rever toda uma trajetória política vencedora, com hora certa de parar na disputa de eleições populares.
O senador pretende ir mais além nas disputas de mandato no PSDB, partido ao qual está filiado há 32 anos e foi seu presidente nacional por três vezes.
Além partido, Tasso foi três vezes governador do Ceará e duas vezes senador, concluindo mandato em fevereiro de 2023. Presidiu o CIC, um braço da FIEC que tornou mais importante do que a própria entidade. São 28 anos de mandatos eletivos.
O senador cearense possui um radar político inquestionável. João Dória não tem seu apoio para a Presidência da República, Jereissati viu, há meses, que o agora ex-governador paulista seria um fracasso. No Ceará, seguirá com Ciro, Cid, Camilo, Roberto Cláudio, Izolda Cela , Evandro Leitão e Mauro Filho.