sexta-feira, 8 de abril de 2022

Os corruptos filhos e protegidos dos presidentes


Os cofres públicos, sempre, foram saqueados por agentes movidos pelos chefes, sejam deputados, senadores, ministros e até mesmo presidentes da República. Inclusive, generais da ditadura fecharam os olhos para a roubalheira promovida por parentes e aliados.

A Nova República inovou. Parentes diretos dos presidentes foram pegos roubando. Quando não, os próprios presidentes tinham operadores. A Polícia Federal já sabe que os filhos do presidente Bolsonaro estão ricos. Aqui, em Brasília, todos sabem. Compraram mansões na capital federal, apartamentos para alugar e ainda possuem muitos dólares. A PF chegou ao que não tem mandato, ou seja, o desprovido da proteção da lei.  

Jair Renan, o zero quatro, constrói agendas secretas nos ministérios e leva a clientela que faz negócios milionários, reservando sua parte. Está sendo acusado de tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Bolsonaro transfere delegados para evitar o pior, mas não adianta. Os federais não fecham acordo com corruptos. 

Todos os presidentes protegeram seus filhos e afilhados.  Lula, assistiu o  Lulinha passar de faxineiro de zoológico a sócio da Friboi, se tornando o maior fazendeiro de gado do Brasil. O filho do presidente FHC se tornou um dos donos da Vale do Rio do Doce, após a companhia ser privatizada. 

Fernando Sarney e o cunhado Jorge Murad se tornaram ricos e poderosos com José Sarney na Presidência. Collor de Melo colocou PC Farias como operador, o irmão Pedro, que ficou fora do negócio, denunciou e ele acabou cassado. Com Temer, não foi diferente. A PF o indiciou e outras dez pessoas, entre as quais sua filha, Maristela Temer, e o amigo coronel João Baptista Lima Filho, seu operador.

O Brasil não tem leis claras ou elas são interpretadas de acordo com os interesses de quem julga. O País em que o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal não conseguem definir se um deputado pode ou não ser preso, se um juiz e ladrão deve ou não perder o cargo e se um preso condenado em segunda instância deve ir para a cadeia, vai demorar a se ajustar e ter uma população que confie na elite do serviço público. 

A história de roubalheira segue. O maior escândalo do momento já tem dois anos: as emendas secretas do Orçamento, que são autorizada pelos presidentes da Câmara Federal, Artur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco. São cerca de R$ 17,6 bilhões à disposição dos dois para comprar senadores e deputados, garantindo a reeleição dos mesmos nas presidências das duas Casas. O deputado Eduardo Cunha cumpriu o seu roteiro. Terminou na cadeia, por roubos na Petrobras, não por compra de parlamentares. 

No Brasil que segue corrupto, a juventude que está sendo aprovada nos concursos é a esperança. Apesar de sabermos que grande parte dará sequência às marmotas da parentada.