sexta-feira, 29 de abril de 2022

O que o PT não engole na relação com o PDT


O PDT é o maior partido político do Ceará. A legenda, em reunião da Executiva Estadual, decidiu construir um processo de discussão interna para buscar o nome do partido que será colocado à população na disputa para o cargo de governador. 

A tática tem duas frentes. Uma promovendo encontros regionais, onde lideranças de todos os municípios apontam erros, acertos e oferecerem sugestões a serem aplicadas nas gestões do partido. A segunda frente foi abrir o partido aos interessados em se apresentar como pré-candidatos ao governo.  Surgiram os nomes de Mauro Filho, Evandro Leitão, Roberto Cláudio e da atual governadora Izolda Cela. 

No acordo entre aliados, coube ao PT indicar a vaga ao Senado, contemplando o ex-governador Camilo Santana, e o restante da chapa será ajustada de acordo com critérios, como número de prefeitos, deputados e filiações. O processo está em andamento. Aliados promovem encontros nos municípios, preparando candidaturas ao parlamento. A movimentação está crescendo, de acordo com o avanço do calendário eleitoral. 

O PT tem várias correntes e trava com o PDT uma rixa política em Fortaleza. O ex-prefeito Roberto Cláudio venceu três eleições contra candidatos do PT e a corrente da deputada Luizianne Lins não assimilou as derrotas, até agora, e atribuem ao ex-prefeito o massacre às pretensões do PT na capital. Na verdade, a população já rejeitou os candidatos do PT, que sequer chegam ao segundo turno. 

Em manobra inesperada, o PT passou a criar um ambiente hostil para três pré-candidatos do PDT ao governo, promovendo uma crise que não existe. O PT pode e deve, como aliado, defender publicamente o nome da competente e carismática governadora Izolda Cela, mas não pode desqualificar os demais candidatos.