terça-feira, 12 de abril de 2022

Kennedy Moura, o ex-cérebro do PT do Ceará e do BNB, vira pastor


Ao chegar ao poder, grandes nomes do PT foram surgindo para ocupar cargos de relevância estratégica na estrutura fedetal no Estado do Ceará. A época era o começo de um longo período. O partido montava a tática para tornar o Brasil mais justo, menos desigual, partindo para programas sociais, financiamentos nas áreas da construção popular, da agricultura familiar e no microcrédito, além de ampliar recursos para setores da economia, nas grandes empresas da indústria, do comércio e do agronegócio. 

Começaram a surgir nomes não conhecidos no meio político e empresarial. O desconhecido professor de economia da UFC, Roberto Schmidt, foi nomeado presidente do Banco do Nordeste. Um contexto de muita polêmica, envolvendo personagens como o próprio Schmidt, considerado um apadrinhando do deputado José Guimarães, então deputado estadual, que tinha força e era irmão do deputado federal e presidente do PT à época, José Genoíno.  


Surgiu, então, o escândalo dos dólares na cueca, quando todo o corpo diretivo do Banco foi afetado, principalmente o chefe de Gabinete, Kennedy Moura. Ele sempre negou participação no episódio que envolveu um assessor do deputado Guimarães. 

Pois bem. Após 16 anos de tramitação, o juiz federal no Ceará, Danilo Fontenele mandou arquivar o processo por prescrição, ou seja, o Ministério Público não conseguiu juntar provas. O caso, até hoje, é motivo de piada no meio político e junto à opinião pública. 


Resultado da história dos dólares na cueca: o deputado Guimarães está livre da acusação, o assessor Adalberto, também, e o ex-dirigente do PT, um homem altamente culto e preparado, largou a política e se tornou pastor. Ele tem sua própria igreja, no bairro Sapiranga, em Fortaleza. O dinheiro não se conhece o destino. Provavelmente, foi confiscado pela justiça e voltou aos cofres públicos.