sexta-feira, 8 de abril de 2022

Centro democrático busca um nome para enfrentar Lula. Bolsonaro e Ciro


A política brasileira passa por um momento novo no campo partidário. Criaram as federações partidárias, mais uma forma de juntar interesses e unir desafetos, com a missão de colocar todos na barca da salvação. 

Os partidos Cidadania, PSDB, MDB e União Brasil estão se unindo para construir uma candidatura única, que, em Brasília, batizaram de “defunto milionário”, porque os experientes no ramo dizem que todo esse esforço vai para os braços de Lula, Ciro e Bolsonaro, os três com chances eleitorais.

Ciro Gomes, a quem o União Brasil deseja apoiar, mas sofre restrições de meia dúzia de bolsonsristas filiados ao partido, definiu a federação como “clube das viúvas de Lula e Bolsonaro”. Ciro se nega a entrar nessa barca, que considera furada. “Vou entrar no coração do povo, com a verdade, sem enganação e mentiras”, disse o pré-candidato do PDT, que aparece com intenção de votos entre 9% e 12% na pesquisa do IPESP, o instituto que substituiu o IBOPE.

Quem conhece Brasília, aposta que essa federação tem apenas uma meta: eleger deputados federais e barganhar junto ao próximo governo. A corrida por vagas no parlamento parece um caso de corrupção premeditado, financiado com dinheiro público e grana da corrupção, das propinas, das emendas do orçamento secreto de R$ 17,5 bilhões. 

Ciro Gomes participou de um evento no interior de São Paulo, onde foram lançados candidatos ao governo, Senado, Câmara e à Assembleia do mais poderoso Estado do país. Ciro filiou o mais sério e correto político brasileiro: o ex-ministro da Defesa, Aldo Rebelo. Lula viu o PT ganhar o posto de segunda maior bancada no Congresso e Bolsonaro é dono da maior bancada. O centrão engordou, as esquerdas e a centro-esquerda cresceram. O pacote para o eleitor está quase pronto.