terça-feira, 5 de abril de 2022

A janela partidária no Ceará não trouxe novidades nas filiações


O eleitor assistiu 15 deputados cearenses trocarem de partidos. A movimentação partidária é apenas acomodação para se eleger, do ponto de vista do parlamentar. Ideologicamente não ocorreu nada. As legendas são, na verdade, simples cartórios para se cumprir a legislação eleitoral. 

Não tenham dúvida de que, na campanha, cada um cuida de si. Ou seja, pedem votos para se eleger, apoiando candidatos majoritários, de acordo com o líder político com quem fechou o acordo. Sobreviver politicamente é o que importa. Sendo direto: o candidato quer se eleger, não importa como, pode ser novato ou detentor de mandato. 

No Ceará, a janela partidária não trouxe novidades. Quem é oposição se abrigou no União Brasil, se misturando aos governistas que já se encontravam no partido. No PL, apoiadores do governo do Ceará se misturaram aos bolsonaristas. É muito difícil na direita, centro e centro-direita um consenso, por suas lideranças não se acostumarem com o campo da oposição, um fisiologismo que não deveria ser comum.  No PT e PDT, partidos ideológicos, acontece o contrário. Só se filiam pessoas e lideranças que abracem a causa do trabalhismo ou que defendam o serviço público na mão do servidor público. 

Dois fatos merecem registro: a oposição conseguiu ficar com o partido União Brasil e o PDT filiou um grande número de mulheres Agora, parte para uma aliança, onde pode eleger uma boa representação feminina, além de ter mantido o PT por perto.