segunda-feira, 25 de abril de 2022

A batalha de rua no 1º de maio


O Brasil, que viveu o carnaval fora de época no final de semana, está entrando na dedicada ao trabalhador, a se encerrar no 1º de maio, data universal em homenagem ao ser humano que, para sobreviver, diariamente garante seu sustento através do suor do rosto ou mesmo em uma sala refrigerada. 

Ate 2018, os trabalhadores marcavam o Dia do Trabalho com shows em comemoração à data, mas também com protestos contra os baixos salários, o trabalho escravo e as péssimas condições laborais. Nos tempos atuais, as ruas se tornaram territórios de direita e esquerda, de conflitos ideológicos promovidos por torcidas políticas, deixando para trás o sentido do debate sobre a importância do trabalho e do trabalhador. 

As centrais sindicais marcaram para o 1º de maio eventos em todo o país. As entidades são controladas por partidos de centro e de esquerda. A deputada bolsonarista, Carla Zambelli, anunciou pelas redes sociais um evento na avenida paulista contra o STF e pelo fortalecimento da imagem do presidente Bolsonaro. Todos têm direito de se manifestar, mas o princípio do dia do trabalhador deveria ser respeitado. A data, pela importância, poderia reunir em único palanque todos os brasileiros, mas está difícil, para não dizer impossível, por conta da polarização criada pelos marqueteiros, para manter Lula e Bolsonaro pautando as redes sociais e a mídia brasileira. 

A farsa da polarização pode ser desmascarada, a partir dos debates eleitorais, quando candidatos ficarão frente à frente e a sujeira de cada um exibida em público. O pré-candidato a presidente pelo PDT, Ciro Gomes, tem, de forma repetida e isolada, mostrado o erro da polarização combinada entre lulistas e bolsonaristas. 

O eleitor está sendo manipulado por grupos de especialistas em redes sociais. O desejo de vencer, na tática de marqueteiros, sempre, estará muito além

da verdade que deve ser contada e mostrada para tirar o Brasil do fundo do poço, da estagnação econômica e da falta de ética na gestão pública. Os trabalhadores precisam saber a verdade sobre o Brasil que eles mantêm de pé, acordando todos os dias para produzir do alimento ao automóvel, da geladeira a roupa do próprio corpo.