sexta-feira, 4 de março de 2022

Ciro invadiu o “cercadinho” de Bolsonaro


A coordenação da campanha de Ciro Gomes insiste junto aos comandos das outras pré-candidaturas para realização de debates entre os candidatos para construção de uma conjuntura política que faça o brasileiro conhecê-los melhor, seus planos e projetos para o Brasil. A tese é discutir o conjunto de propostas e propósitos. A assessoria de Ciro não tem obtido êxito. Todos se comprometem, mas para outro período. Seria a partir da oficialização das candidaturas. 

Em uma tentativa de furar o cerco, um grupo de internautas, que segue e apoia Ciro Gomes, criou o “Boneco do Ciro”, deu voz ao personagem e colocou o pré-candidato no “cercadinho” de Bolsonaro, local onde seguidores  batem papo com o presidente, pela manhã e no final do dia, na saída do Palácio da Alvorada. A cena e o roteiro são críticos. Os bolsonaristas perguntam ao presidente o que ele fez no governo.  Bolsonaro responde que andou de moto, jetski e helicóptero.  Ciro interrompe o bate-papo e pergunta sobre economia, preço de combustíveis, etc. Bolsonaro responde, pedindo para que o cidadão se apresente. Ciro, então, tira o capuz. Bolsonaro desmaia. De qualquer maneira, foi uma ideia inteligente. Ficou no imaginário que o presidente não governa e não debate, por desconhecimento.

No Brasil, é preciso urgentemente surgir um movimento para esclarecer o Brasil real, tirar dúvidas da sociedade sobre o que realmente está ocorrendo no País, dentro do governo federal e no mundo econômico, da geração de empregos e dos setores da educação e saúde. 

São muitas informações circulando em profundas contradições. A opinião pública persegue a verdade, mas é preciso oficializar dados para torná-los confiáveis. 

O que os assessores de Ciro Gomes propõem é comum em países desenvolvidos, como Estados Unidos, França, Alemanha e Inglaterra. São nações onde os eleitores, preferencialmente, vão se definindo por critérios reais, acreditando no que é colocado pela mídia para os pré-candidatos. 

Começou a janela partidária, momento em que deputados podem trocar de partido, sem perder o mandato. É o primeiro movimento real da campanha eleitoral. Os parlamentares trocam de legendas para encontrar caminhos à reeleição e ajustar interesses. O fortalecimento numérico das bancadas significa dinheiro, poder, influência e, acima de tudo, acesso aos ministérios, ao gabinete presidencial. 

Os deputados e senadores precisam aperfeiçoar a legislação eleitoral. Por enquanto, eles priorizam seus interesses. É preciso robustecer o nível de informação do eleitor.