segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Wagner é a aposta bolsonarista para enfrentar o PDT


O deputado Capitão Wagner (PROS) terá, nesta terça-feira, 8, o dia mais importante para sua pré-campanha ao governo do Ceará. Ele faz torcida para a fusão entre o DEM e o PSL ser aprovada pelo TSE e que, no Ceará, lhe seja entregue o comando do novo partido, o  União Brasil, para viabilizar sua candidatura majoritária. O senador Chiquinho Feitosa disputa com Wagner o controle da nova sigla em território cearense. Feitosa tem a vantagem de dirigir o DEM no Ceará. Wagner possui um aliado no comando do PSL. 

O Capitão tem mantido distanciamento da pré-campanha do presidente Bolsonaro. É uma estratégia para atrair o controle do União Brasil, caso seja formalizado, pois precisa do tempo de rádio e televisão e de uma legenda de centro para atrair segmentos que não lhe apoiam. O problema para Wagner é que o União Brasil não pretende apoiar a reeleição de Bolsonaro, lançará candidato próprio ou até mesmo buscar candidaturas de centro ou centro-esquerda, apesar de um grupo do partido namorar a ideia de atrair Sérgio Moro para filiação. Existe muita incerteza.  

A tática de Wagner é receber todos os eleitores que rechaçam candidatos apoiados por Lula e Ciro.  Os apoiadores de Sérgio Moro querem migrar para a candidatura de Wagner no Ceará. O senador Eduardo Girão (Podenos) e o Capitão são aliados. Palanques separados  dividem alas. Os bolsonarista querem maior defesa do governo do presidente Bolsonaro. Já o PDT torce para Wagner assumir de vez a candidatura à reeleição do presidente, que tem 20% de intenções de voto no Ceará. 

Existe um longo caminho a ser percorrido. Além das decisões do TSE sobre fusões partidárias e Federação de Partidos, vem aí a janela partidária, no mês de março. A janela é o direito de todos detentores de mandatos trocarem de partido, sem perdê-lo. É o momento definitivo para saber quem apoia quem e o caminho para as convenções partidárias que vão homologar candidaturas  majoritárias e ao legislativo. 

A oposição no Ceará sofre de um mal: a falta de lideranças. O Capitão Wagner se tornou a única aposta. Outros líderes não se movem e seguem com Camilo, Cid, Roberto Cláudio, Zezinho Albuquerque, Domingos Filho, Genecias Noronha, Mauro Filho, Evandro Leitão e Izolda Cela.

O Capitão tem feito esforço e seu canal maior são as redes sociais, onde publica incursões no sertão e diariamente, antes de dormir, conversa com seguidores. Os aliados de Wagner precisam sair do guarda-roupa.