terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Qual era a rejeição a Lula em anos de vitórias do petista


Por Coluna MAQUIAVEL - Revista Veja

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atual favorito nas pesquisas, possui também uma considerável taxa de rejeição, uma das maiores entre os concorrentes ao Palácio do Planalto. Nesse aspecto, ele tem ao menos um consolo: o petista chega ao início deste ano eleitoral com o mesmo patamar de rejeição das vezes em que se elegeu, em 2002 e 2006, segundo dados do instituto Datafolha.

De acordo com a última pesquisa do instituto (dezembro de 2021), 34% dos entrevistados responderam que não votariam no petista de jeito nenhum no primeiro turno das próximas eleições. Seu principal adversário, o presidente Jair Bolsonaro tem 60%.

O percentual da rejeição de Lula é semelhante aos índices medidos em 2002 e 2006, quando o petista foi vitorioso nas urnas. Há duas décadas, também em fevereiro, Lula tinha 32% de rejeição, contra 17% do tucano José Serra, seu adversário em 2002.

Nas eleições seguintes, em março de 2006, 33% dos entrevistados do Datafolha responderam não votariam no petista, que tentava a reeleição. O então adversário, o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), hoje cotado para ser vice de Lula, somava 16% de rejeição.

Curiosamente, o melhor índice de rejeição a Lula no primeiro trimestre do ano foi justamente no ano em que ele não se candidatou: 17% em 2014, quando a ex-presidente Dilma Rousseff se reelegeu.