Não será fácil para o PT voltar a governar o Brasil. A linha do tempo mostra um ambiente com dificuldades. Quem imagina uma vitória fácil, se engana. O leitor pode ter certeza: teremos o maior embate da política brasileira, envolvendo não só Lula e Bolsonaro, mas Ciro, Rodrigo Pacheco, Simone Tebet e até mesmo Sérgio Moro.
As dificuldades não têm ligação com a imagem desgastada de Lula e do PT perante parte da Nação ou mesmo a de Bolsonaro, com as rachadinhas que promoveu criminosamente. O cenário da eleição nos remete à uma campanha dura e de resultados imprevisíveis. O vencedor sairá de uma pequena margem de votos.
O novo eleitor brasileiro é viciado em redes sociais. A campanha caminha para o território do Instagram, Facebook e WhatsApp, ferramentas preferidas dos internautas. Sem esquecer o YouTube, ambiente de vídeos. A internet mudou a perspectiva do eleitor sobre candidatos a cargos majoritários e proporcionais. Essa aposta nas redes sociais estimula os candidatos.
Se o novo eleitor será imprevisível, cresce mais ainda a expectativa dos que pretendem disputar o pleito. A verdade é que temos tido fenômenos eleitorais não só para cargos proporcionais, como para majoritários. A complexidade para os marqueteiros aumenta, na medida em que se aceleram as fake news e ataques dos chamados “memes”, na intenção de desqualificar pessoas. No universo da internet, é difícil saber o que pensa o eleitor.
Favorito, o PT tem tido sucesso e mantém o ex-presidente Lula na liderança das pesquisas. Bolsonaro está com o poder derretendo, mas tem a seu favor um gabinete do ódio que atua nas redes sociais, como poucos. São cerca de 18 milhões de seguidores favoráveis e contrários. Bolsonaro derrotou o pedetista Fernando Haddad, com diferença de 10 milhões de votos, uma surra, graças a internet.