Tenho comparecido à Assembléia Legislativa, ido às reuniões de partidos e viajado pelo sertão, acompanhando pré-candidatos ao Governo do Ceará e ao parlamento. Acredito que só poderei analisar os cenários e candidatos, conferindo, de perto, a movimentação de todos. É uma obrigação a quem se propõe escrever e falar sobre política, respeitando seus leitores e seguidores.
A pré-campanha ainda não despertou interesse na maioria dos partidos. O PSOL anunciou, pelas redes sociais, sua pré-candidata ao governo, a artesã Adelita Monteiro. Ela não tem promovido eventos, não é conhecida, deve receber logística, em breve. A oposição tem o Capitão Wagner como pré-candidato. Ele visita municípios. Sua maior adesão foi a do deputado federal Moses Rodrigues, em Sobral. O capitão reformado da PM
faz live diárias no Instagram e Facebook. Sofre com a falta de apoios. Os seus principais são oposicionistas tradicionais. Roberto Pessoa, Gaudencio Lucena, Danilo Forte e Lúcio Alcântara.
A pré-campanha eleitoral só é percebida, na verdade, dentro do PDT, que arrasta com ele aos eventos, em Fortaleza e no interior, outros 16 partidos. Em várias direções, os pré-candidatos Izolda Cela, Evandro Leitão, Mauro Filho e Roberto Cláudio reúnem aliados e promovem encontros, com grande público. Além dos atos isolados, o PDT promove eventos regionais. O senador Cid Gomes estimula e diz que o partido e os aliados estão sendo ouvidos.
No atual cenário, é possível afirmar que o candidato ao governo pelo PDT terá mais chances de vencer os adversários. Estamos a pouco mais de sete meses para a eleição. Os partidos precisam se mobilizar. Limitar a mobilização apenas às redes sociais não supre a necessidade que a população exige de apertar a mão, conhecer de perto, ouvir as propostas dos pré-candidatos e o conceito das campanhas, fazer a selfie.