O ex-presidente Lula iniciou sua ação política nos estados nordestinos, ao longo da semana. Ele está dialogando, para montagem de palanques na região. No Ceará, deixou claro que o candidato ao governo não será do PT, ao lançar o governador Camilo Santana para o Senado. As palavras de Lula foram altamente elogiosas ao cearense. Na sua opinião, Camilo governa com olhar social e de desenvolvimento econômico, gerando emprego e renda.
Lula sugere, na sua longa entrevista, poder de decisão na escolha do seu sucessor ao governo. Ele tentou cortejar a ala do PT que faz restrições a nome do PDT e, ao mesmo tempo, indica que o partido não participará da definição. Para o chefão do PT, o sábado, quase oito anos do partido no governo cearense, está de bom tamanho. Tudo foi acertado com Cid, Ciro e Camilo.
Na sua investida pelo Nordeste, Lula também ajustou o palanque do Rio Grande do Norte, Piauí e Paraíba, mas encontra dificuldades no Maranhão e Pernambuco, onde os governadores não são do PT. O diálogo vai prosseguir de forma mais pessoal, entre Lula e os envolvidos, os mandatários.
O senador Cid Gomes, líder do PDT no Senado, é entusiasta da aliança entre o PT, PDT e outros 15 partidos, mantendo um projeto que vai completar 16 anos com sucesso no campo político e administrativo. Para Cid, o alvo é derrotar o bolsonarismo, mesma meta do PT e aliados.
O processo entre PT e PDT, que começou complicado, por conta de resistências, as quais o governador Camilo chamou de “mesquinhas”, não resistiu à força do entendimento político. As metas traçadas estão sendo alcançadas. Outras dificuldades vão surgir. A janela partidária é a próxima pauta importante. Acomodar aliados não é tarefa fácil.
No Ceará, o palanque nacional será delatado. Lula de um lado, Ciro do outro, mas o alvo é o mesmo: derrotar Bolsonaro. No palanque estadual, Izolda, Camilo, Cid, Sarto, Evandro Leitão, Roberto Cláudio, Domingos Filho, Zezinho Albuquerque e outros 15 partidos estarão unidos.
Evavdro Leitão procura partidos para colegas
O gabinete do presidente da Assembleia Legislativa está agitado. É grande o entra e sai de deputados e pré-candidatos, em busca de um partido, onde possam ter chances de eleição garantida. Tem o bloco dos que tem até 30 mil votos, dos que estão na casa dos 40 mil e a turma do alto, com medo de receber expressiva votação e ficar na suplência.