segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

A guerra entre Bolsonaro e Mourão


Estamos na metade do carnaval. É difícil não pensar assim. Afinal, o costume do cachimbo faz a boca torta. A folia acanhada em bares, praias e margem de açudes, demonstra claramente a preocupação da sociedade com a Covid e um certo receio em descumprir o decreto do governo.

O astral baixou ainda mais entre foliões, por conta da guerra da Rússia contra a Ucrânia. Apesar de distante, abala a sociedade, que teme algo pior, por conta dos bloqueios econômicos, capazes de ampliar ainda mais o custo de vida. A insanidade do ditador russo, Putin, deixou o Mundo tenso, triste. 

No Brasil, o vice presidente da República, general Mourão condenou a invasão a russa à Ucrânia. O presidente Bolsonaro, que tem patente de capitão, mas pelo cargo de comandante em chefe das forças armadas, desautorizou o vice e não ficou contra Putin. “Eu sou o presidente, só quem pode falar sou eu. Se precisar, vou ouvir o ministro das Relações Exteriores e o ministro da Defesa”, disse Bolsonaro, irritado. A guerra entre ele e Mourão se intensificou. Não se suportam. 

A tensão entre os dois aumentou, por conta dos movimentos políticos. Mourão pretende disputar o Senado pelo Rio de Janeiro ou Rio Grande do Sul. Até aí, tudo bem. Na última semana, lideranças políticas colocaram a possibilidade do general ser vice de Sérgio Moro. A notícia irrita Bolsonaro. Ele quer os militares ao seu lado. Mourão não deu declaração, confirmando ou não a informação.  

Na guerra da especulação política, o presidente está sendo orientado a agir pelo pessoal do centrão. Pessoa difícil e incontrolável Bolsonaro. Para o centrão, o general Mourão estava fora da pauta. O presidente o trouxe para o noticiário. Os assessores de Bolsonaro não gostaram. 

A guerra da Rússia contra a Ucrânia vai trazer mais debates tensos. É uma preocupação. O folião acompanha tudo. A guerra política no Brasil segue.