quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Os rebeldes do PT do Ceará

Os deputados federais José Airton Cirilo e Luizianne Lins, nas últimas eleições, têm ficado contra as instâncias maiores do PT, que optaram em apoiar a indicação de Camilo Santana para o cargo de governador. Pelo fato dele ser próximo do senador Cid Gomes e do pré-candidato do PDT à presidência, Ciro Gomes. 

O partido tem, no Ceará, a força política do governo, ocupa centenas de cargos e possui uma bancada de vereadores, deputados estaduais e federais. 

Agora, Luizianne e Zé Airton, estão puxando a discussão nacional para o plano estadual, pelo fato de que Lula lidera as pesquisas para presidente e os líderes maiores procuram separar os territórios políticos. 

Marcaram uma discussão para esta quinta-feira, 27,  sobre sucessão estadual. A plenária dos dois deputados seria preparatória para ambos colocarem um posicionamento na reunião do Diretório Estadual, marcada para o próximo dia 29. Serão derrotados. A aliança entre PDT e PT no Ceará está fechada. No plano nacional, PDT e PT vão se unir, no segundo turno da sucessão presidencial, se Lula ou Ciro estiverem na disputa. Caso os dois cheguem na disputa final, vão respeitar os espaços. 

O governador Camilo Santana avalia, com muito cuidado, a proposta de ser candidato ao Senado, renunciando ao governo, no final de março. Tem muitos compromissos assumidos e pode seguir até dezembro no cargo, cumprindo todo seu mandato. Camilo e Lula conversam sempre sobre a sucessão no Ceará, onde o petista lidera as intenções de voto. Para alguns da sigla, isso parece não ser suficiente, pois acreditam que o melhor caminho é a divisão.

Pelo projeto em execução, o PT terá seus deputados estaduais e federais e o senador da República. Luizianne e Zé Airton querem que o partido tenha candidato ao governo e ao Senado. O PT é o único onde se debate e se decide tudo no voto. Zé Guimarães e De Assis Diniz, por sua vez, garantem que o PT seguirá com o PDT. Para eles, o inimigo é Bolsonaro e, não, Ciro Gomes.