quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Os candidatos a presidente e o eleitor do “novo normal”

O processo eleitoral brasileiro de 2022 abre discussão sobre o real papel do Estado brasileiro, o que é muito bom. O cidadão precisa, cada vez mais, conhecer o intestino da governança, como o poder público arrecada e gasta. 

Os números vão surgindo, no calor da pré-campanha. Ciro Gomes tem dito, abertamente, que os incentivos fiscais concedidos a setores da economia são injustificáveis. Aponta as locadoras de carros, que não pagam impostos nas aquisições e vendem os veículos, em seguida, pelo preço de mercado, obtendo grandes lucros. Ciro, também, destaca que o Brasil paga cerca de R$ 360 bilhões de juros aos bancos, algo assombroso. O pior: filé mignon, lancha e avião não recolhem impostos. O ex-presidente Lula já avisou que o “mercado” não irá ditar as normas de governo, se for eleito. Ele faz referência à dolarização dos combustíveis. O presidente Jair Bolsonaro já pensa o contrário: quer reduzir impostos cobrados pelos estados, jogando empresários e governadores no campo do atrito. Moro não trata de outra pauta que não seja a corrupção. Conhecermos mais sobre o Brasil, à medida que os debates forem ocorrendo. Para o eleitor, nada melhor. 

O novo normal garantiu um próspero cidadão, um bem informado brasileiro que parece gostar do debate, com ou sem fake news. O preocupante é saber se, ao final, fará a melhor escolha. Em 2022, a população necessita eleger um presidente que governe o Brasil, destrave a economia, seja um empreendedor, um estadista. Aventuras não cabem mais na órbita do poder em Brasília. Seria mais tempo perdido. O Brasil precisa acelerar o crescimento, voltar à lista dos maiores países do Mundo. 

Os quatro nomes que estão liderando as pesquisas são conhecidos de todos os brasileiros. Novos devem surgir. Até agora, não fomos surpreendidos com os chamados “fenômenos” eleitorais, tão danosos ao processo eleitoral e terríveis para uma nação que precisa de um presidente com radar para o Mundo e que, diariamente, estabeleça cumprimento de metas audaciosas. 

Aqueles que estão, de forma precipitada, anunciando apoios, é bom esperar um pouco mais. Teremos grandes embates, descobertas sobre a vida dos candidatos, informações que nos farão abrir a mente. A campanha eleitoral para presidente em 2022 tem um componente novo: uma mídia institucional bem mais atenta e um eleitor internauta vigilante. 

O mais importante para o eleitor é saber como o próximo presidente irá gastar o orçamento de R$ 4 trilhões, gerar empregos, reduzir o número de miseráveis e construir um país melhor e mais justo.