quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Em audiência pública sobre segurança do setor aéreo, Leônidas Cristino questiona motivo de acidentes

 


O aumento dos acidentes aéreos no Brasil está concentrado na aviação geral. Os aviões particulares e táxis aéreos ampliaram os voos na pandemia com a redução, no ano passado, de 50,6% no tráfego da aviação comercial, que há 13 anos não registra ocorrência com perda de vida ou de aeronave.

Esta foi uma das constatações da audiência pública Infraestrutura aeronáutica e a segurança do setor aéreo, realizada hoje (8) na Câmara Federal, presidida pelo deputado Leônidas Cristino, autor do requerimento. O país é o segundo maior no mundo na aviação geral com cerca de 3 mil  aviões de menor porte e o segundo maior em helicópteros. 

Leônidas Cristino registrou a ausência da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), embora convidada. Caberia à entidade informar sobre regulação e fiscalização. O deputado questionou sobre a expansão do sistema de controle do tráfego aéreo e da aviação regional, e quanto à manutenção das aeronaves e treinamento, se são fatores de peso na causa dos acidentes. 

A pandemia reduziu a participação da aviação comercial no país de 1,4% do PIB em 2018 e o número de empregos gerados, 1,5 milhão, para 0,3% do PIB em 2020 e 401 mil empregos gerados, informou Leônidas Cristino. “Embora a quantidade de voos de aeronaves tenha sido reduzida em 50,6% em 2020, na comparação com 2019,  a taxa de acidentes aéreos aumentou 15,04% no Brasil”, disse ele. 

Foram apontados na audiência problemas de segurança nos voos. As autoridades e especialistas convidados citaram pistas escorregadias (o caso do aeroporto de Recife), trepidação grande no pavimento, necessidade de áreas de escape na cabeceira da pista, balões juninos, aves na área dos aeroportos e drones.