quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Cid Gomes inicia encontros com dirigentes de partidos aliados

O senador Cid Gomes (PDT) iniciou uma fase de diálogo com dirigentes partidários, que fazem parte da aliança de sustentação política ao governo Camilo Santana. As tratativas estimulam o debate sobre a sucessão estadual.

A parceria, liderada pelo governador e coordenada por Cid Gomes, envolve 18 partidos, uma complicada soma de pensamentos e desejos. A convivência tem apresentado resultados positivos. Não se registram notícias de insatisfação. A acomodação de aliados é um gerenciamento complexo e exige um radar. A gestão tem coordenadores, que atuam nas regiões do Estado e na Grande Fortaleza, para medir o nível de satisfação  na relação  partidária. 

A sinalização, com a biruta sem norte, por conta das fusões partidárias, filiações, troca de legendas e formação de alianças nacionais, deixa o cenário sem muitas definições, no momento, jogando para 2022 as decisões relevantes. A provável filiação do presidente Bolsonaro ao Partido Liberal (PL), presidido pelo ex-deputado Waldemar Costa Neto, criou um fato político. O centrão ficará unido? partidos como o PP, PSD, PTB, União Brasil e MDB farão parte de um projeto de reeleição do presidente Bolsonaro? A linha do tempo mostrará o destino, a título de hoje, muito difícil. 

Essa pauta tem levado o senador Cid Gomes a uma conversa com aliados, como ocorreu com Domingos Filho, Chiquinho Feitosa e outros dirigentes partidários, nos encontros regionais do PDT.  Domingos Filho acredita que o cenário ficará mais propício às conversas mais concretas, de acordo com as definições nacionais, que refletem no ambiente local, nos Estados. “O Cid é um amigo e, sempre, tratamos de entendimentos que sejam bons para o Ceará. Conversamos sobre cenários complexos, colocados em nível nacional, com repercussão nos estados. Conversa boa”, disse o presidente do PSD, que não esconde o desejo de manter a aliança com o PDT, no Ceará.

O PSD estadual cresceu, por conta do esforço do ex-deputado Domingos Filho e do seu filho, o deputado federal Domingos Neto. Ambos sabem que a força política está ligada ao número de prefeitos, vereadores e deputados. O PSD é a segunda força municipal, tem peso para conquistar lugar na mesa de decisões de futuras alianças e buscar espaço na chapa majoritária. 

O modelo de fazer política do senador Cid Gomes agrada aos interlocutores. Nada fica sem resposta ou solução. Os desafios colocados ao líder do grupo, que toca o projeto em andamento no Ceará, são  desembaraçados, resolvidos. Nada fica para o outro dia. “Honro a minha palavra”, costuma dizer Cid, em reuniões públicas. 


A sutileza de ser gestor de um projeto tão amplo fica clara nas eleições suplementares, que estão ocorrendo em vários municípios. Ciro, Cid, Camilo e Roberto Cláudio evitam subir em palanques. Simplesmente, os candidatos que se enfrentam são da base aliada. Tudo é acompanhado à distância e conversado, para não ter atrito. O diálogo para se chegar até a escolha de nomes à disputa de 2022 promete muitos capítulos.