sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Cearense Ranulfo Rodrigues está envolvido em esquema de corrupção denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR)

 A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou no Supremo Tribunal Federal (STF) o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), um dos principais líderes do partido e do Centrão no Congresso Nacional, por corrupção passiva, em uma investigação da Operação Lava Jato que apurou pagamento de propina a partir de contratos firmados entre a Petrobras e a construtora Queiroz Galvão. O deputado do PP já responde em duas ações penais no Supremo na Lava Jato. Ranulfo Rodrigues, superintendente de obras da Queiroz Galvão e Idelfonso Colares Filho, ex-diretor presidente da empreiteira em Goiás, são acusados pelo pagamento de propina R$ 1.588.700,00 a Arthur Lira, valores retirados de um "caixa de propina" que a Queiroz Galvão mantinha em favor do Partido Progressista. Em troca, segundo a PGR, Lira atuava para assegurar os interesses da empresa na diretoria de abastecimento da Petrobras, no Ministério das Cidades e, mais tarde, a partir de 2014, atuaria também no Ministério da Integração Nacional.

A investigação da PGR também tinha como alvos o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que era líder do PP antes de Arthur Lira e havia assumido o Ministério das Cidades em 2012, e os colegas de bancada Ciro Nogueira (PP-PI) e Eduardo da Fonte (PP-PE).

Também foram denunciados Henry Hoyer, operador do PP, Leonardo Meirelles, além do doleiro Alberto Youssef - um dos principais delatores das fases iniciais da Operação Lava Jato. A existência de uma organização criminosa no Partido Progressista é o tema de uma outra ação penal em tramitação no Supremo Tribunal Federal, que tem Arthur Lira entre os réus. Deputados do partido são acusados de praticar crimes de corrupção em torno de contratos da Petrobras, sobretudo na Diretoria de Abastecimento