sábado, 2 de outubro de 2021

Artesanato produzido no sistema prisional do Ceará incentiva cultura popular e possibilita ressocialização de internos e internas

 


O trabalho dentro das unidades funciona como elemento ressocializador, com finalidade educativa, produtiva e profissionalizante. São cinco unidades beneficiadas pelo artesanato, sendo o Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa (IPF), a Unidade Prisional Irmã Imelda Lima Pontes e o Instituto Penal Professor Olavo Oliveira II (IPPOO II) responsáveis pela produção. Já a Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Jucá Neto (CPPL 3) e a Penitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo (Pacatuba) ainda segue o processo de capacitação profissional.


Bordado, vagonite, ponto cruz, crochê, macramê, renda tenerife e fuxico são as técnicas ensinadas pelos profissionais artesãos que trabalham no projeto. Ao todo, 160 internos trabalham na produção e 30 estão em processo de capacitação.




Peças como bolsas, almofadas, panos de prato, caminho de mesa, jogo americano, tapetes, toalhas de bandeja, dentre outros artigos são produzidas diariamente pelas mãos habilidosas dos apenados. No total, são confeccionadas 500 peças por mês e distribuídas nos três pontos de vendas: Emcetur, Feirinha da Beira Mar e no Centro de Triagem e Observação Criminológica (CTOC). A renda arrecadada é revertida em prol do projeto, para a aquisição de mais materiais para a continuidade dos trabalhos.




Os internos artesãos, além de aprenderem uma nova profissão, recebem como benefício a remição de pena de um dia para cada três dias trabalhados na produção. A capacitação, além de preencher de forma funcional o tempo de reclusão, é uma oportunidade de reinserção social.




A Coordenadora de Inclusão Social do Preso e do Egresso da SAP, Cristiane Gadelha, ressalta que o maior objetivo da Secretaria é capacitar com outras técnicas as internas que estão nas alas e cada vez mais aumentar o número de mulheres envolvidas nessa atividade. “O Instituto Penal Feminino Auri Moura Costa (IPF) é uma das grandes unidades envolvidas. Hoje, nós temos 42 internas profissionais, trabalhando com as técnicas vagonite, ponto cruz, fuxico e crochê. Com esse trabalho, ao final da pena que estão cumprindo, elas poderão começar uma vida de empreendedora”, afirma.