segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Temperatura política começa a subir com pré-campanha em Brasília e no Ceará



O ambiente político está precisando de definições para se conhecer cenários. A política está judicializada, os partidos sem conhecer as regras do jogo e os principais personagens não agradam o eleitor, por não apresentarem saídas para a crise econômica, o flagelo do desemprego, um plano de governo. Lula e Bolsonaro têm desgaste e rejeições acima de 60%, parecem descartados pelo eleitor, que busca alternativas. As lideranças com grande potencial, como os pré-candidatos Ciro Gomes, João Amoedo,  são engolidos pela polarização injustificável entre Lulistas, bolsonaristas, e por guerra de cuspe que gera crises institucionais.

No contexto estadual, os partidos iniciam no Ceará um modelo muito parecido com o Nacional: a farta distribuição de fake news. A integração, ou globalização, a partir da má utilização da internet, produziu muitos gabinetes do ódio em versão cabeça-chata. Os personagens da guerra ativa nos diversos blogs, Instagram, Facebook e grupos de WhatsApp,  são praticamente os mesmos. O que se lamenta é a presença de gente altamente preparada intelectualmente e socialmente envolvida na navegação criminosa desenvolvida a partir dos tais gabinetes do ódio, estimulando a mentira, a divisão dos cidadãos, impedindo quem pensa diferente conviver. Como se prevê numa democracia minimamente estabelecida. O PDT, maior partido e controlador da maioria de vereadores, prefeitos e deputados, está iniciando uma série de seminários regionais. O presidente do partido, André Figueiredo, afirma que o PDT é a única agremiação que está sempre dialogando com a sociedade e sua militância. “O governo do Ceará tem os melhores indicadores e resultados do país. A melhor educação, a maior geração de empregos, o estado que mais atrai investimentos privados, melhor estrutura de saúde e, no campo social, programas exultantes desenvolvidos pela 1ª Dama Onélia Santana e o governo como um todo. Cerca de 250 mil famílias recebem recursos, gás, alimentos”, pontua. Na outra ponta adversários se movem de forma  mais agressiva nas redes sociais, por falta de aliados. Capitão Wagner ainda não assumiu o bolsonarismo totalmente, em manobra para buscar uma estratégia jogando fora das quatro linhas. Ainda não surgiu o bolsonarismo de raíz no Ceará. Wagner até que tem vontade de se declarar completamente, mas sonhos de alianças com outros partidos estancam seu plano de voo completo para a direita radical. 

No campo da esquerda, o PSOL já sinalizou que vai para a disputa ao governo e busca alianças. Já o PT não facilita e remove as poucas barreiras para seguir junto com o PDT, apesar do esforço da maioria das duas legendas. Enquanto Lula, Cid e Camilo parecem ter se alinhado em território cearense, alguns petistas, como Luizianne e Zé Airton, resistem em querer o partido alinhado com o PDT. Luizianne não se relaciona com Ciro e Zé Airton não perdoa o PDT por não ter sido nomeado secretário do Meio Ambiente ou ter feito a indicação. Serão convencidos em breve que o adversário é Bolsonaro e não o projeto local.

Ao estilo cearense, temos um cenário novo, do jeito que o pensador Cid Gomes planejou. O Ceará tem várias lideranças comandando grupos de prefeitos, mas sob a liderança de Camilo e Cid. O avanço da oposição foi razoável. Só não cresceu mais porque Bolsonaro sofre alta rejeição e não houve renovação. Cid tem dito que cabe primeiramente a oposição apresentar nomes para a disputa. 

O senador fez um teste. Lançou Camilo Santana para o Senado. Nenhum partido apresentou concorrente. Cid colocou que Roberto Cláudio é o melhor nome para o governo e que deve também pensar em ser deputado federal. A única resposta ou aceno, até agora, foi uma frase do Capitão Wagner no 7 de setembro, na qual pede para não duvidarem da sua candidatura ao governo. Wagner tem dúvida sobre o futuro partidário. O DEM e o PSL vão se fundir, se apoiá-lo ele pode ser um candidato com tempo de rádio e TV, mas, ainda sem militância.