quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Fraudes licitatórias: MPCE deflagra “Operação Closing”, com apoio da COPOL, em Fortaleza, Caucaia e Maracanaú

 


O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), com o apoio da Coordenadoria de Planejamento Operacional (COPOL) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), deflagrou, na manhã desta quinta-feira (23), a “Operação Closing”, que visa a cumprir 23 mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas. As ordens judiciais estão sendo cumpridas em Fortaleza, Caucaia e Maracanaú. 


Ao todo, estão sendo alvos de buscas 15 pessoas, duas cooperativas e seis empresas, dentre elas três postos de combustíveis e duas locadoras de veículos, cujos nomes não foram divulgados em razão do processo correr em segredo de justiça. O nome da operação (Closing, do inglês “encerramento”) se deve ao fato de pessoas que se acham “importantes” ou “influentes” terem comparecido ao Ministério Público e “solicitado” que as investigações fossem encerradas, leia-se: arquivadas sem responsabilização. De certa forma, o pedido foi atendido, pois encerra-se essa fase da investigação, mas, claro, com resultado diferente do que “eles” almejavam. 


A “Operação Closing” é um desdobramento da “Operação Veniet”, deflagrada em 12 de dezembro de 2018, cuja investigação apurou a existência de uma organização criminosa atuando no município de Limoeiro do Norte, fraudando licitações e desviando dinheiro público, já tendo sido oferecidas três denúncias, contra 27 réus, pelos crimes de Organização Criminosa, Peculato, Fraude Licitatória, Lavagem de Dinheiro e Associação Criminosa. 

Assim, nessa nova fase da investigação, constatou-se a existência de uma outra organização criminosa que atua também em fraudes licitatórias em diversos municípios do Estado, sendo o dinheiro ilícito “branqueado” na forma de constituição ou aquisição de empresas (postos de combustíveis e locadoras de veículos), além da aquisição de veículos, sendo que os bens são registrados em nomes de parentes e amigos dos líderes da organização, para tentar desvincular a origem ilícita dos mesmos.