quarta-feira, 25 de agosto de 2021

As “implicâncias” de Bolsonaro e seus seguidores contra instituições, governadores e prefeitos

 

A Polícia Federal aportou no Ceará mais uma vez em busca de algum documento que caracterize fraude ou corrupção na construção, operação e contratos de gestão do Hospital de Campanha, montado no Estádio Presidente Vargas.  A polícia só cumpre ordens. A insistente solicitação para operações parte da Controladoria Getal da União(CGU), órgão público, ligado ao gabinete do presidente Bolsonaro. No Ceará, a CGU tem no comando um ex-aluno do Instituto Militar, indicado por uma ala bolsonarista. Ele ainda não conseguiu encontrar crime na aplicação dos recursos federais. Vai insistir.  Bolsonaro tem procurado infernizar e destruir vidas públicas a pedido  de aliados, usando a CGU que nomeou nas suas regionais gente ligada a deputados e senadores de oposição aos governos estaduais e municipais. A artilharia se tornou frequente, principalmente no Nordeste, Amazônia, Região Norte,  Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. 

No Ceará, a operação com alvo político pretende atingir o ex-prefeito Roberto Cláudio, homem público, professor e médico que construiu uma nova capital para os cearenses, deixando legado nas áreas de mobilidade, saúde, assistência social e transparência. 

Os bolsonaristas odeiam Roberto Cláudio porque ele é o preferido da opinião pública para ocupar o Palácio da Abolição, vencendo todos os adversários em primeiro turno. Opositores do prefeito querem arrancar sua popularidade a base de atitudes que humilham gente honesta, humildes servidores públicos que ocuparam os cargos na gestão da saúde. De forma truculenta fazem filmagens e montam vídeos mentirosos para alimentar os vampiros da política. 

Da mesma forma, o presidente Bolsonaro tenta inflamar a opinião pública contra ministros do STF, senadores e deputados federais que não concordam com suas “implicâncias”. O presidente todos os dias inventa uma crise. Foi assim defendendo o voto impresso no país, que tem, na tecnologia do voto eletrônico, a moralidade da eleição. No voto de papel até mortos votavam. Quer processar ministros que foram seus adversários no passado como Luiz Roberto Barroso que advogava para gays, movimentos negros, associações de bairros e favelas e entidades de estudantes, prostitutas e minorias como as vítimas da violência doméstica no Rio de Janeiro. 

A política se faz com governo e oposição. Na política, os grupos adversários devem divergir, mas é necessário ter provas para condenar alguém. As pessoas que recebem a visita da Polícia Federal são pais, mães e tem famílias. A desmoralização reflete na escola que os filhos frequentam, no convívio entre familiares e amigos e no aspecto psicológico. 

Não é admissível que a política seja negada por conta de fanáticos  que ganham dinheiro destruindo reputações nas redes sociais alimentados pelo ódio dos que querem alcançar o poder, acionando a metralhadora sem projeto para vencer a batalha, numa guerra eleitoral onde a arma é simplesmente o voto.