segunda-feira, 24 de maio de 2021

Cresce 11,8% a frequência escolar de jovens no Ceará no quarto trimestre de 2020, apesar da Covid-19

 O Ceará apresentou, no quarto trimestre de 2020, um crescimento de 11,8% na proporção de jovens de 15 a 29 anos frequentando a escola ou a universidade (a curto prazo), isso em relação ao mesmo período de 2019, ou seja, passou de 36,3% para 40,6%. Mas quando comparado com o quarto trimestre de 2012, o crescimento foi ainda mais expressivo: 19,1% (de 34,1% para 40,6%). A elevação verificada no quarto trimestre do ano passado é importante, sobretudo porque ocorreu em um cenário pandêmico (covid-19). Os números – e muitos outros - estão no Boletim Trimestral da Juventude (nº 04/2020) publicado pela Diretoria de Estudos Sociais (Disoc) do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

Já a taxa de frequência escolar líquida entre jovens de 15 a 17 anos também se destacou pelo crescimento de 12,2% no curto prazo (de 62,2% para 69,8% no 4ºtrim/2014 em relação ao 4ºtrim/2019) e de 39% (de 50,2% para 69,8% no longo prazo, 4ºtrim/2020 comparado com o 4ºtrim/2012). A taxa do Ceará (69,8%) foi maior do que a do Nordeste (58%) e Brasil (63,82%). Enquanto isso, mais de 94% dos jovens de 15 a 17 anos no Ceará frequentaram a escola no 4ºtrim/2020. A taxa de analfabetismo entre os jovens de 15 a 29 anos voltou a apresentar tendência decrescente, sendo mais de 53% no longo prazo e 21,1%% no curto prazo.


De acordo com o Boletim, a proporção de jovens (de 15 a 17 anos) com ensino fundamental completo (73,6%) cresceu 7,1% no curto prazo, mostrando-se 8,9% mais elevada do que a proporção nacional  (67,6%) e  18,5% maior do que a regional (62,1%) para o 4ºtrim/2020.  Entre os jovens de 18 a 29 anos, mais de 70% possuíam ensino médio completo. Esta proporção apresentou um crescimento de mais de 36% no longo prazo e, no último ano, crescimento de 10,8%, superando o patamar nacional (71,22%), e ficando 9,5% acima do regional (64,6%). Segundo o analista de Políticas Públicas do Ipece Victor Hugo, autor do estudo, o Ceará tem se destacado na frequência escolar com índices superiores ao do Nordeste e do Brasil.