sábado, 29 de maio de 2021

Agravamento da crise hídrica faz governo federal pensar em racionamento para evitar apagão

 


O governo do presidente Jair Bolsonaro  (sem partido) acredita que o país pode sofrer com a crise hídrica que se agravou nos últimos meses e já cogita racionamento para evitar colapso no fornecimento de energia elétrica. A maior parte da energia consumida no País vem das usinas hidrelétricas. As informações são do jornal Valor Econômico.


Fontes ouvidas pelo jornal afirmaram que o racionamento de energia e o apagão dominaram a pauta de reunião do Conselho de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), ocorrida nesta quinta-feira (28). Os participantes do encontro não chegaram a consenso sobre como abordar a questão na prática.


Os responsáveis pelo setor energético presentes no encontro admitem como possível todos os cenários, e que em algum momento, o racionamento precisará ser posto em pauta de forma prioritária. Dentre as teses defendidas, há uma em que o racionamento começaria em julho de forma pontual em alguns estados.


A crise sequer pode ser contornada com o acionamento de usinas térmicas, pois elas já estão em uso, ainda que de forma limitada. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque ficou irritado, pois se surpreendeu com a gravidade da situação. Ainda segundo fontes ouvidas pelo Valor, o Operador Nacional do Sistema (ONS) ficou pressionado, pois é o órgão responsável por monitorar a situação.


Para evitar o desgaste político que a situação deve desencadear, o governo federal prepara tática em que culpa medida provisória (MP 579/12), editada pela ex-presidente Dilma Roussef (PT).

A MP foi publicada após aprovação do Congresso Nacional em 2012. No texto a ex-presidente Dilma segura o aumento no custo das tarifas de energia elétrica e até reduz os valores em muitos casos. Para isso, foram renovadas as concessões das usinas, transmissoras e distribuidoras de energia que venciam entre 2015 e 2017.  Em troca as concessionárias aceitaram receber remuneração até 70% menor pelos serviços prestados. A redução artificial das tarifas teria gerado, anos depois, um efeito cascata com sucessivos reajustes tarifários.

 

(O Otimista)