quinta-feira, 29 de abril de 2021

Tasso, Sérgio Machado e suas diferenças



“Em 1986, o jovem empresário Tasso Jereissati, então com 38 anos de idade, coloca o seu nome pela primeira vez como candidato ao Governo do Estado do Ceará.


Surgiu como esperança, com projeto mudancista, entusiasmo, focado no ajuste das contas públicas, enfim, com nobres ideais que até os dias atuais se faz reconhecido por nosso povo, como homem público decente e valoroso.


Registre-se, a bem da verdade, foi ele um extraordinário governador e cumpriu com nota dez suas gestões, quando esteve sentado na principal cadeira do Palácio da Abolição, em Fortaleza.


Da capital aos sertões semiáridos do Ceará, Tasso trabalhou muito, criando uma nova marca do estado para os seus munícipes à federação como um todo.


Da terra dos melhores humoristas do mundo, passamos a ser destaque, também, na educação, inclusão social, desenvolvimento econômico, estabilidade, inovação, queda especial da mortalidade infantil etc, e, lembre-se, não fomos mais chacota para quem seja.


Tasso, à época, tinha como parceiro de viagem e de suas sucessivas campanhas o Senhor Sérgio Machado. Foi assim que nossa família o recebeu, para um pernoite em nossa casa em Icó, em 1986, a dupla de políticos após grande comício no Largo do Théberge.


Eleito governador, Sérgio Machado foi incluindo como super secretário estadual e, por destino, virou deputado federal e senador da República.


Queria o Serjão ser escolhido o sucessor de Tasso, mas o Galeguim disse não. Daí romperam, cada um cuidou de sua vida ao seu modo.


Tasso, íntegro, não melou suas honradas mãos com malfeitos até os dias atuais; Sérgio, além de emporcalhar a sua honra, se é que tinha, ainda cuidou, travestido de Judas, de delatar, criar, inventar, e\ou até mesmo entregar à publicidade e aos olhos acusadores de muitos, os amigos que o ajudaram por décadas em sua vida pública e privada.


Por fim, “dizem com quem tu andas e eu direi quem tu és”, mas Tasso andou com um bandido, porém, não pisou e nem se utilizou dos caminhos daquele que virou exemplo de corrupção e impunidade do projeto chamado “delação premiada” ou “colaboração” como preferem alguns juristas.


Hoje, Sérgio Machado encontra-se tranquilo em sua mansão nas Dunas de nossa capital, pasmem, como se nada tivesse acontecido.”


(Por Fabrício Moreira da Costa, advogado, contista e ex vice-prefeito de Icó).