segunda-feira, 12 de abril de 2021

Criptografia poderá acabar com fraudes nas bombas de combustíveis promovida por donos de postos

 Uma tecnologia vai garantir que os componentes eletrônicos das bombas de combustíveis não sejam adulterados para enganar os consumidores.


Para isso, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) está em processo de credenciamento para tornar-se uma Autoridade Certificadora da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) e, a partir daí, prover certificados digitais de objetos metrológicos.

Segundo Edmar Araujo, presidente-executivo da Associação das Autoridades de Registro do Brasil (AARB), as fraudes ocorrem de forma invisível aos consumidores. Internamente, nos componentes eletrônicos da bomba, a quantidade é calculada pelo bloco medidor, que gira conforme o volume de combustível que passa por ele. Os fraudadores atuam nesta comunicação entre o transdutor e o medidor, instalando componente que faça o medidor entender que está recebendo pulsos a mais.


Assim, o consumidor paga por uma quantidade que não corresponde ao informado na bomba.


A solução encontrada pelo Inmetro foi proteger eletronicamente esses dispositivos com a tecnologia do certificado digital ICP-Brasil. A ideia é que as bombas saiam de fábrica com esse certificado de objeto metrológico. Todos os componentes eletrônicos da bomba, incluindo o software que realiza a comunicação entre o transdutor óptico e o medidor, estarão protegidos com criptografia.


Hoje, o Brasil tem a gasolina e o diesel maus caros do planeta e, também, é o país que frauda o consumidor na bomba na hora de vender o combustível