Uma tecnologia vai garantir que os componentes eletrônicos das bombas de combustíveis não sejam adulterados para enganar os consumidores.
Para isso, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) está em processo de credenciamento para tornar-se uma Autoridade Certificadora da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) e, a partir daí, prover certificados digitais de objetos metrológicos.
Segundo Edmar Araujo, presidente-executivo da Associação das Autoridades de Registro do Brasil (AARB), as fraudes ocorrem de forma invisível aos consumidores. Internamente, nos componentes eletrônicos da bomba, a quantidade é calculada pelo bloco medidor, que gira conforme o volume de combustível que passa por ele. Os fraudadores atuam nesta comunicação entre o transdutor e o medidor, instalando componente que faça o medidor entender que está recebendo pulsos a mais.
Assim, o consumidor paga por uma quantidade que não corresponde ao informado na bomba.
A solução encontrada pelo Inmetro foi proteger eletronicamente esses dispositivos com a tecnologia do certificado digital ICP-Brasil. A ideia é que as bombas saiam de fábrica com esse certificado de objeto metrológico. Todos os componentes eletrônicos da bomba, incluindo o software que realiza a comunicação entre o transdutor óptico e o medidor, estarão protegidos com criptografia.
Hoje, o Brasil tem a gasolina e o diesel maus caros do planeta e, também, é o país que frauda o consumidor na bomba na hora de vender o combustível