O presidente do PTB, ex deputado Roberto Jeferson, conhecido pelo seu envolvimento no escândalo de propina para o centrão e políticos de esquerda, que ficou conhecido como “mensalão”, promoveu o maior ataque a república ao falar sobre a instalação da CPI da Covid no Senado Federal. “A harmonia entre os três poderes é feita com dinheiro, com corrupção”, disparou o hoje presidente do PTB, um partido que tem histórico de centro no Brasil. Jeferson é revoltado contra uma corte que o condenou à prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, mesmo tendo sido atenciosa ao lhe garantir prisão especial e domiciliar. Jeferson é um dos mais competentes advogados criminalistas do Brasil, excepcional orador e habilidoso tribuno com um microfone. Jeferson se aliou a Bolsonaro por conveniência política e se tornou uma espécie de armadura de proteção para blindar o presidente e de quebra usa lança chama contra ministros do Supremo, usando adjetivos impublicáveis sobre os magistrados.
Bolsonaro e Jeferson sabem bem os problemas que uma CPI podem causar a um governo, por isso o ataque a uma investigação. O Palácio do Planalto não quer CPI e sim a sua política, a Polícia Federal investigando conjuntamente com a Controladoria da União, outro órgão sob controle do bolsonarismo.
Para os juristas brasileiros, a decisão do pleno do Supremo de considerar legal ou não a liminar do ministro da corte, Luiz Roberto Barroso, já gerou efeito: despertou os senadores para a função de fiscalizar e se for o caso julgar. O episódio serve também para outros casos a serem avaliados no Congresso Nacional como impeachment de ministros do STF e do presidente da república.
O comportamento do presidente em ligar para um senador pedindo ajuda faz parte da política, mas a conversa entre o senador Kajuru(GO) e Bolsonaro saiu do contexto, foi mais diálogo de baixo nível, algo deplorável e agressivo ao olhar e ouvidos da nação.
Hoje, o STF decide no pleno o futuro da CPI que os senadores não decidiram. Em breve deve julgar um pedido para a Câmara Federal analisar e decidir sobre 70 pedidos de impeachment contra Bolsonaro. Essa tarefa era do ex-presidente Rodrigo Maia e do atual Artur Lira. Chegou a hora da transparência, não existindo mais o oportunismo de achacar a nação como denúncias. O senador cearense Cid Gomes que assinou a CPI da Covid 19