segunda-feira, 1 de março de 2021

Vacina, uso de máscara e contenção de aglomerações são as únicas saídas para resolver a pandemia, na avaliação do Comitê Cearense de Combate ao Coronavirus

Cada dia, uma agonia. Tem sido, assim, há um ano, a rotina dos cearenses e demais brasileiros. Ao se chegar em cada casa, olhando para fotos, com amigos e familiares, falta sempre alguém, levado pelo coronavírus. São mais de 250 mil mortos pela Covid 19. No Ceará, mais de 10 mil óbitos. 

Após 365 dias de combativas ações para conter o coronavírus, se descobriu que a força viral aumentou. No início, cada contaminado passava o vírus para até seis pessoas. Hoje, é repassado para até 12 cidadãos. A linguagem técnica chama de nova “cepa”, o que o povão tem como “gripe mais forte”.

Hoje, a medicina já desenvolveu protocolos para salvar vidas dentro dos hospitais, apesar de um pequeno número de pacientes não resistir, por conta de outras doenças associadas ao Covid 19. Quem acompanha o debate sobre o andamento da luta para conter os efeitos da doença logo percebe que é crescente a presença do vírus e a contaminação das pessoas. 

A contenção tem sido o grande desafio do Comitê Cearense de Combate ao Coronavírus. Não é fácil convencer mais de nove milhões de pessoas a usar máscaras, evitar aglomerações e ficar em casa, principalmente idosos e pessoas com problemas crônicos de saúde, como diabetes, câncer e hipertensão. 

A vacina, na avaliação dos especialistas, é a única alternativa para conter o vírus e fazer nascer a esperança de se voltar a um dia a dia normal, com o reencontro das pessoas, das famílias e a volta ao trabalho, em um novo normal. Sem a vacina, ficará impossível combater o vírus, tratar os doentes. A velocidade dele ao contaminar é 12 vezes maior que a ação do homem para montar leitos e UTIs. A Covid 19 é comparada às pragas que destroem lavouras, dada a rapidez como se espalha. 

Os governadores estão tensos, angustiados. Camilo Santana, porta-voz dos governadores nordestinos, com extrema habilidade, tem feito um trabalho forte para convencer o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a acelerar o processo de compra das vacinas. O general melhorou muito sua percepção sobre a necessidade de comprar mais rápido os imunizantes, mas encontra barreiras, principalmente no Ministério da Economia e no Palácio do Planalto. A tarefa de mediar a agilização para aquisição das vacinas segue como prioridade. 

Para os membros do Comitê Cearense, só a vacina, nesse momento difícil de alto grau de contaminação, pode resolver um previsto caos nas cidades brasileiras, com a evolução do contágio. Fechar tudo não resolve. Comprar toda vacina possível, sim. 

Se todos os dias estamos nos aproximando do momento mais difícil, que seria o descontrole completo sobre o vírus, é bom refletir e cada um exercer seu grau de responsabilidade. O cidadão respeitar os decretos com medidas protetivas, o governo federal comprar vacinas e cada cidadão vigiar o outro, para alertar sobre o perigo da Covid 19, uma doença que faz questão de matar.