A população brasileira está cansando e, praticamente, perdeu a paciência com gestores públicos que se apresentam sem condições de resolver a pandemia de coronavírus.
Nessa nova fase ou segunda onda da pandemia, o coronavírus está contaminando em grande velocidade, provocando desespero nas famílias e lotando hospitais. Estamos em tempos difíceis, com doentes demais para pouca estrutura de atendimento. Gestores dizem não ter condições de atender à demanda de pacientes, nas redes pública e privada.
O isolamento social rígido ou lockdown tem sido a única saída para tentar manter uma linha de segurança capaz de reduzir a circulação do vírus e garantir o atendimento aos infectados. A medida afeta diretamente a vida das pessoas. Os empresários demitem, os profissionais de saúde estão no limite e a doença avança ainda mais sobre todos. Não está fácil para a população esperar.
A vacina é a única saída. Prefeitos e governadores pressionam o Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional e o governo federal para encontrar uma forma urgente de imunizar a população. O jogo político ainda não resolvido prejudica um resultado a curto prazo. A chegada de um quarto ministro da Saúde demonstra o grau de dificuldade para se resolver o caos em que se tornou a pandemia da Covid-19 no território brasileiro. Estamos chegando a 300 mil mortos, um número que coloca o país em situação vexatória perante o Mundo.
Praticamente engessados, prefeitos e governadores são pressionados a agir para buscar soluções. Há exatamente um ano, a população convive com medidas restritivas. A sequência de alterações nas rotinas provoca tensões, depressão nas pessoas. Afeta suas vidas. O desemprego é o mais preocupante dos sintomas. Os empresários não aceitam financiar trabalhador em casa. Acham que essa conta é do governo. Está difícil.
Travando uma discussão no âmbito comunitário, deve-se ressaltar o tamanho do sofrimento das famílias. Crianças presas em casa, falta de dinheiro para suprir as necessidades como alimentação, evitar familiares, tratar os doentes e o pior: ver parentes e vizinhos desaparecem como se fossem abduzidos.
É justo todo cidadão pressionar o poder público por uma solução urgente para o problema que enfrentamos. A vacina tem que chegar logo. A velocidade da contaminação pelo coronavírus está bem mais acelerada que os diálogos mantidos nos gabinetes do poder em Brasília. Principalmente, em relação à chegada junto aos principais atores: os donos dos laboratórios que fornecem a vacina. Fica o alerta: a população está perdendo a paciência, entrando na fase no desespero. Isso, sim, preocupa.