quarta-feira, 31 de março de 2021

As trapalhadas do governo Bolsonaro não abalam a democracia só fortalece

 


O Brasil já atravessou temporadas piores que essa quadra vivida nos tempos do governo Bolsonaro. O país suportou as privatizações imorais do governo FHC que vendeu as maiores empresas do país a preço de “bananas” e com compradores pagando com dinheiro público do BNDES.  Passamos na era Collor com o seu PC Farias, a Lava Jato nos Governos de Lula e Dilma que fez eclodir a maior roubalheira contra o erário. Civis e militares observaram tudo, a justiça cumpriu seu papel e os tribunais continuam julgando criminosos do colarinho branco.


O presidente da república pode demitir, exonerar e nomear. É rotina de qualquer governo, principalmente numa gestão tumultuada e ideologicamente radical como a de Bolsonaro. Os ministros são obrigados a seguir os desejos do presidente e não um plano de governo. O desgaste é previsto e o insucesso iminente. Bolsonaro pode encerrar seu mandato ao lado do zero um, zero dois, zero três e zero quatro, se mantiver o processo suicida que seu cérebro comanda. Poderá ser resgatado se passar a ouvir e abrir a mente para um projeto de governo para a final da gestão, podendo sonhar com sua reeleição.

Primeiro, o presidente numa nova etapa terá que vencer a rejeição.  As pesquisas lhe colocam 68% de rejeição. 32% conservam seu governo bom e regular.


A travessia de um governo de gabinete para um governo de coalizão como está sendo construída a gestão Bolsonaro para um ano e oito meses antes do fim do mandato  será difícil. O Centrão não passa na cartilha dos militares, pilar do ideário do governo direitista de Bolsonaro. Outro entrave são os filhos do presidente que não aceitam mexer nos seus protegidos. As barreiras construídas por empresários também podem atrapalhar a montagem do novo gabinete. 


O governo de direita no Brasil é um fato político novo, apesar da sociedade ter votado em Bolsonaro, foi sendo construído um perfil direitista radical que surpreendeu o próprio eleitor bolsonarista, gerando a radicalização dos princípios ideológicos e valores entre Campos socialistas e defensores do capitalismo. A maior ameaça ao Brasil e suas instituições é a Covid-19 que gera o Coronavirus, um inimigo cruel. O governo Bolsonaro  não é uma ameaça à democracia, talvez a escada para oportunistas defenderem a tese de golpe seja civil ou militar, mais nada, ficarão amargando um retrocesso e frustrações.