quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Ministério Público pede inelegibilidade do atual prefeito de Iracema, José Juarez, e cassação do diploma do prefeito eleito, Celso Gomes

Ministério público pede inelegibilidade do atual prefeito de Iracema, José Juarez, por oito anos, contados a partir da eleição de 2020, além da cassação do diploma do prefeito eleito, Celso Gomes. Acusado de abuso de poder político, José Juarez teria praticado perseguição política a servidores municipais que se posicionaram nas redes sociais a favor do candidato de oposição à atual gestão. O candidato Celso Gomes teria se beneficiado com a prática na disputa eleitoral. 

De acordo com o Ministério Público, cinco servidores com atuação na mesma secretaria há mais de 10 anos foram transferidos sem justificativa para outros cargos com perdas salariais após publicações em redes sociais contrárias ao candidato apoiado pela atual gestão. 

O município de Iracema também foi alvo de operação do Ministério Público em novembro de 2020 com cumprimento de mandato de busca e apreensão na cidade. 

Atuação do Ministério Público em Iracema

O Ministério Público Eleitoral deflagrou no dia 13 de novembro de 2020 operação policial na cidade de Iracema (CE) em investigação à prática de crime eleitoral. A Operação cumpriu o mandado de busca e apreensão em um posto de gasolina e nas residências dos candidatos à prefeito Celso Gomes (PT), a vice prefeito Evaristo Magalhães, a Vereador Chico de Osvaldo e a vereadora Vanderlúcia.  

O Ministério Público atuou, também, no Comitê de Campanha da Coligação (PT, PP, PDT, MDB, DEM) e na casa do Secretário de Articulação Política municipal e filho do atual prefeito, Diego Cabó. A investigação visa esclarecer  indícios de corrupção eleitoral.  

A denúncia é de fornecimento de carradas de areia, barro e aterro pelo candidato Celso Gomes, através de seu coordenador de campanha Diego Cabó, em troca de votos.  

O procedimento de investigação tem número 01.2020.00020312-1 e tramita na promotoria eleitoral atuante junto à 86ª Zona Eleitoral. O promotor responsável pelo caso é Rodrigo Lima.