segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Dr. Cabeto: “Eu e o governador Camilo Santana jamais esqueceremos o apelo de familiares que pediam para se despedir dos seus parentes mortos na pandemia”.

O secretário de Saúde do Ceará, médico Carlos Roberto Martins Rodrigues Segundo, é um profissional conhecido na medicina como “Uteísta”, profissional especializado em salvar vidas de pessoas quase desenganadas ou pós-operadas. O Dr. Cabeto, também, é cardiologista “top” no seu mundo profissional . Seu maior mérito é ser um humanista, homem que se preocupa com cada vida, independente da cor, da condição financeira e preferência sexual do paciente ou de familiares. Ele entrou no governo Camilo, propondo um novo modelo de serviço na medicina pública do Ceará. Sua simplicidade está lhe dando essa oportunidade e muito já se vê de melhoria. 

Surpreendido pela pandemia do Covid 19, o Dr. Cabeto não dorme, normalmente, há nove meses. “Percorro todas as UTIs, diariamente, no Hospital Leonardo Da Vinci, vejo os prontuários, fico feliz quando o tratamento salva as pessoas”, diz ele , emocionado. 

O Covid 19 foi o maior desafio profissional e de vida para o médico, que está passando pelo maior pesadelo e, ao mesmo tempo, o grande desafio profissional. “Vi 15 pessoas morrerem apenas em uma noite no Hospital de Messejana, eram dezenas por dia. Nunca esquecerei, era incontrolável”, relata ele, exibindo um sincero choque, quase em lágrimas. 

O secretário diz não esquecer e o governador Camilo Santana, também, jamais esquecerá “os apelos das famiiias para fazer visita de despedidas nas UTIs, vestir seus mortos, promover um adeus, diante do caixão”. Tudo isso era proibido pelo protocolo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde no Brasil. “Procurem a presidente da Associação das Funerárias e vocês terão relatos impressionantes, nunca vistos”, diz Cabeto, com a voz embargada. 

Diante do caos e do desconhecimento completo sobre o Covid 19, só sobrava uma única saída: conhecer a situação de cada paciente recuperado e diagnosticar as causas das mortes, para tentar salvar mais vidas. As medidas duras começaram a ser tomadas para reduzir o número de casos e evitar lotações nos hospitais e UTIs. 

“As pessoas que ficaram em casa, no isolamento, fizeram o certo e as que ainda estão tem toda razão. Hoje, se a contaminação atingir essas pessoas, já sabemos como tratar, tem UTIs à vontade e jovens médicos treinados para tratar a doença. Todos têm apenas 3% de chance de morrer. Em maio e junho, era meio a meio”, conta o Dr. Cabeto, que foi cobaia para avanço do tratamento, ao se submeter a fortes doses de corticóides, quando foi internado com coronavírus. 

Cabeto e Camilo se tornaram amigos durante a pandemia. Hoje, a relação vai além. Eles sofrem juntos, vivem o desespero e a tensão diária de tentar conter um monstro que se fortalece: o vírus da Covid 19. O médico aprendeu a ser outra pessoa, presenciando o sofrimento de pacientes e seus familiares. O governador Camilo Santana, com sua bravura, também, se tornou um outro homem. Vai além de um governante sua sensibilidade, a partir da pandemia. Deve doer muito, ver a oposição criticando as decisões sobre o combate ao Covid 19 e minimizar seus efeitos, combatendo medidas restritivas. 

“Cinco depoimentos de pacientes, que passaram pela UTI, e cinco de familiares, que perderam importantes pessoas do núcleo familiar, são suficientes para desmascarar os que não acreditam na força do vírus, que fez o Mundo parar”, diz Cabeto, baixando a cabeça e se rendendo ao coronavírus, o monstro que prendeu todo ser humano dentro da sua casa, deixando todos perdidos, sem ter para quem reclamar.