No Brasil, 57 municípios realizarão eleições, no próximo dia 29, para escolher seus prefeitos. O número é o maior da década.
No Nordeste brasileiro, são 11 as cidades com 2º turno, e sete as capitais. O eleitor pediu mais tempo para escolher, por conta da grande quantidade de candidatos.
Um estudo realizado pelo TSE mostra que, em apenas 24% dos casos, o candidato que chegou em segundo lugar promoveu virada e venceu a eleição. A primeira pesquisa divulgada comprova a tese. Em São Paulo, levantamento mostra Bruno Covas, com 47%, e Guilherme Boulos, com 35%. Tem uma esperança para Boulos: Covas não ultrapassou a linha dos 50%.
Se for confirmada a tese ou estatística dos resultados de eleições anteriores, das 57 prefeituras em jogo, 12 candidatos que não lideraram a votação sairão vencedores. São números, podem não refletir a realidade, mas é possível que aconteça.
As vitórias dos candidatos que chegam em primeiro lugar ao segundo turno são mais constantes porque geralmente se mostram mais competitivos. Ou são fenômenos eleitorais. Boulos, é uma dessas surpresas. Outro fator que favorece o líder da votação em primeiro turno são os apoios que ficam mais fáceis.
A campanha eleitoral, em 2020, tem um fator a mais que prejudica o candidato que não liderou ao final da totalização dos votos em 15 de novembro: o curto tempo de campanha, apenas 14 dias. Não houve como pedir votos em grandes eventos, por conta dos protocolos e de decisões da justiça, que impedem volume de campanha nas ruas.
Não está sendo fácil para os candidatos conviver com todas as adversidades e limitações impostas, por conta da pandemia de coronavírus. A festa em que se torna a campanha eleitoral praticamente sumiu. A eleição ficou triste, represada. Não teve campanha com o povo e, muito menos, comemoração.
Vamos ter, nos próximos dias, as pesquisas. Certas ou erradas, elas balizam análises e sinalizam fortes tendências. Ao final, o eleitor decide.