segunda-feira, 16 de novembro de 2020

A campanha eleitoral segue até 2022

O mundo está acompanhando a movimentação dos eleitores nos países responsáveis pelas maiores economias do mundo. O novo eleitor  na eleição americana mostrou que em tempos de pandemia a conversa é outra. Não existe mandatário seguro na cadeira que ocupa e os pretendentes precisam ser preparados. Trump foi derrotado, sua reeleição rejeitada. Antes, na França, o presidente Macron foi destruído pelo eleitor, ao ver sepultados seus candidatos. Na América do Sul, políticos de centro e centro-esquerda estão sendo eleitos, pondo fim a era da extrema esquerda e da direita radical, todas com intenções golpistas.

O resultado da eleição municipal, em seu primeiro turno no Brasil, exibiu o mesmo cenário, onde direita e esquerda perderam. A vitória foi do centro, do bom senso, principalmente dos mais conhecidos do eleitorado. O segundo turno promete novos embates ideológicos e de grande repercussão. Nas capitais e grandes cidades do interior, os vencedores e derrotados serão Bolsonaro, Lula, Ciro e Dória. A campanha deste ano terminará em 2022.

É motivador o resultado do primeiro momento da campanha no Brasil. O eleitor brasileiro demonstrou uma particularidade nova: a vontade de renovar. Jovens e gente de mais idade estarão ocupando cargos de prefeito e vereador, colocados pelo voto da esperança. É o voto contra a corrupção, os mal feitos e em favor da comunidade, que precisa de moradia, saneamento, escola e atendimento de saúde de qualidade. Teremos, com certeza, um novo normal, com a população observando se a retórica de campanha se torna real . 

O exemplo, a ética, a postura, o grau de profissionalismo serão vistos, a partir das primeiras medidas dos gestores, que assumirão em 1º de janeiro. O padrão da gestão não poderá ser o que está aí. É preciso bem mais, é necessária uma repaginada, uma virada de chave para o cidadão ser contemplado, com serviço de qualidade .

Todas as pesquisas eleitorais exibem as prioridades da Nação. Melhoria nos serviços de saúde, transporte, educação, emprego e barateamento do custo de vida. As informações ou recados do eleitor às autoridades não são nenhuma novidade. Tratam-se de repetições, agora, colocadas com mais veemência porque o eleitor espera se sentir representado, com esse novo momento de retomada marcada no início de 2020.

A qualquer tempo, a sociedade espera uma virada no comportamento moral dos gestores, apontando soluções para os mais importantes problemas. 

Todos os países têm seus problemas. Os Estados Unidos estão com um presidente derrotado, que não aceita o resultado das urnas. Denuncia que mortos votaram na eleição. Na Europa, a direita está sendo banida e na América do Sul, o povo sofrido está revendo suas convicções, trocando políticos sensatos por ideologias extremistas. 

O exercício do voto vai aperfeiçoando a administração pública, criando barreiras aos achacadores e corrigindo erros históricos. O prefeito, que sentará na cadeira de gestor, não será mais um ditador. O povo que o elegeu poderá tirá-lo da cadeira, se não honrar o que prometeu.