quarta-feira, 21 de outubro de 2020

O efeito das pesquisas nas campanhas pelo Brasil

As pesquisas eleitorais são a maior ferramenta de informação para um comitê eleitoral e seus candidatos. Principalmente, para um postulante que quer ser prefeito. Compreender o teor científico de uma pesquisa é para poucos. Apenas a intenção de voto não indica o vencedor, porque representa o momento. O líder de hoje na pesquisa pode não cruzar a linha de chegada como vitorioso. Mais importante que liderar a preferência do eleitor é saber decifrar as informações contidas nos resultados científicos ofertados pela pesquisa.

A classe política cobra, o tempo inteiro, resultados de pesquisas em tempos de eleição. Quando chega o resultado, o líder vibra e quem ficou para trás questiona. As incompreensões são muitas, quando se conhece os números. A derrota é desagradável para todos.

O mapa político brasileiro, a partir das capitais e grandes cidades do interior, vai mudar. Lideranças nacionais vão ver uma grande troca de prefeitos e a derrota de importantes nomes da política. Faz parte. Os estatísticos afirmam que o homem público deve saber seu momento, caso contrário, antecipa a aposentadoria ou terá fora dos planos o desejo de administrar a cidade que mora e atua politicamente. Ganhar e perder fazem parte do processo eleitoral e do universo de quem disputa eleição.

Os maiores interessados nas eleições no Brasil são: João Dória, Ciro Gomes, Lula e, claro, o presidente Bolsonaro. Eles estão de olho nas pesquisas, no desempenho de candidatos em 5.570 municípios. Só vencer não basta, tem que saber a magnitude política do triunfo. Vencer em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador têm  repercussão nacional e efeitos positivos para um presidenciável. Bolsonaro quer a derrota dos adversários diretos em suas bases, Ciro e Lula sonham derrotar Bolsonaro no Rio e, em São Paulo, principais redutos do presidente. 

As pesquisas, até aqui, mostram indefinições nas grandes cidades. As sinalizações apontam para um distanciamento ou pouco interesse do eleitor.

Os chamados grandes partidos prevalecem nestas eleições. PT, PDT, MDB, DEM, PV, PC do B,  Solidariedade e PSDB, se somados os municípios pelo Brasil, ainda terão cacife no interior. Nas capitais e grandes cidades, predominam escolhas diferenciadas, com a legenda pouco importando, mas, sim, o caráter individual da liderança política . Nesses municípios, as pesquisas são frequentes e podem decidir o voto do eleitor ou influir na sua decisão. O voto útil é costumeiro. Muitas vezes o eleitor indeciso, aquele que não pretendia sair de casa para votar, decide ir até a urna para sepultar projetos liderados por quem não concorda. 

A simbologia da pesquisa faz parte do debate eleitoral. Os erros são motivos de deboche por parte de eleitores e candidatos. O problema da pesquisa é não poder ir acompanhado o eleitor até a urna, onde realmente ele decide em quem votar, após uma noite "bem" ou  "mal" dormida.