terça-feira, 22 de setembro de 2020

Pesquisa revela dados inéditos sobre amamentação


As mães brasileiras amamentam seus filhos por mais tempo e com mais qualidade. Esse é o principal resultado apresentado pelo Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) em relatório preliminar de indicadores de aleitamento materno no Brasil.

É possível observar aumento de mais de 12 vezes da prevalência de amamentação exclusiva entre crianças menores de quatro meses, em relação a 1986, saindo de 4,7% para 60%. Já entre os menores de seis meses, aumentou 42,8 pontos percentuais, passando de 2,9% para 45,7%, nesses 34 anos, o que corresponde a um incremento de cerca de 1,2% ao ano.

O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI), pesquisa inédita no Brasil, realizada pela UFRJ e encomendada pelo Ministério da Saúde, coletou dados em visitas domiciliares em 15 mil casas em todos os estados do país, além do Distrito federal.

O inquérito coletou informações detalhadas sobre hábitos alimentares, peso e altura de crianças de até cinco anos e realizou exame de sangue nos participantes com mais de seis meses de vida. Pela primeira vez, dados sobre o crescimento e o desenvolvimento infantil e o mapeamento sanguíneo de 12 micronutrientes, como os minerais zinco e selênio e vitaminas do complexo B, foram investigados em todo o território nacional. Informações sobre amamentação, doação de leite humano, consumo de suplementos de vitaminas e minerais, habilidades culinárias, ambiente alimentar e condições sociais da família também foram pesquisadas.