quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Eleição municipal anima ambiente político


A batida política teve ritmo lento na pré-campanha, mas promete ser frenético, com o jogo oficial, a partir das convenções. A nova lei eleitoral que proíbe coligacões verticais, ou seja, para prefeito e vereador é um fato novo. Um modelo ou formato para lançar líderes partidários ao desafio de construir novas lideranças.

São Paulo, maior cidade do país, com mais de 12 milhões de habitantes, terá 17 candidatos a prefeito, o maior cardápio já oferecido ao eleitor. Sinais claros de que a temporada de reconstrução partidária está em curso. Tem velhas lideranças, mas a maioria é de políticos experientes. Os novatos são maioria, mas há boa sinalização, apontando para o futuro.

A cabeça do eleitor parece arejada para a empreitada. As pesquisas do Instituto Paraná, Ibope e Datafolha exibem um eleitor bem mais informado em todos os segmentos e apontam para o maior envolvimento da história, apesar do coronavírus, o monstro que abateu quase 150 mil brasileiros, em cinco meses.

O cenário cearense promete boas disputas. O ânimo do eleitor está em alta. Nos principais municípios, novas e velhas lideranças prometem embates empolgantes. O cenário não nos sugere apostar em vitoriosos, apesar de sabermos que o eleitorado aponta para poucas mudanças nos municípios, onde gestores municipais disputam reeleição e muitos que, deixando os cargos, irão cravar vitórias, fazendo o sucessor. O jogo eleitoral, também, reserva resultados surpreendentes.

O bom da eleição municipal é que as grifes nacionais estarão entrando nas arenas, prometendo um genérico debate. As caneladas prometem esquentar e envolver caciques como o presidente Bolsonaro, Lula, Ciro Gomes e Dória. A temperatura política vai se elevar.

As manobras para se chegar ao poder vão trazer temas efervescentes, como o coronavírus, a corrupção e a distribuição de dinheiro. O caldeirão promete ferver.