domingo, 9 de agosto de 2020

100 mil mortos. A vacina é nossa salvação


É muito difícil, nesse Dia dos Pais, escrever sobre coronavírus. Vêm à memória, parentes, amigos e desconhecidos que morreram, antes do encerramento do ciclo, uma interrupção que prejudicou famílias, causou sofrimento e, ainda, vai gerar muita dor, principalmente, a da ausência.

As ausências mudaram a liderança das famílias ou a busca de um novo rumo. Desfalcou orçamentos, deixou crianças órfãs. O poder público terá que abraçar e amparar muitos, que perderam seus chefes, deixando impreenchível uma grande lacuna.

Fazer o quê? A economia move o mundo, o governo arrecada para sustentar seus servidores e o contribuinte paga. Seus servidores estão muito bem, obrigado. Mas, o contribuinte, principalmente, o vulnerável continua na miséria, mal atendido, largado.

A única esperança para todos nós é a imunização. Sem ela, estaremos cumprindo nossas obrigações em casa, no trabalho, tendo que sair para ganhar a vida, correndo o risco de retornar contaminado pelo Covid 19 ou enviado direto para o hospital. O pior dos horrores é saber que nem testes à vontade teremos. Somente os mais abastados podem pagar pelos exames. É a realidade, cruel.

Entre os 100 mil mortos, estão significados profundos, lições, aprendizado, mas nenhuma resposta clara. Os médicos e enfermeiros criaram os protocolos para tratar a doença. O aprendizado surgiu após testar medicamentos em pacientes contaminados. A lentidão para a descoberta da vacina é injustificável, se olharmos a tecnologia no mercado da indústria farmacêutica. O mais triste, até aqui, sobre o tema é acompanhar os valores cobrados pelo nosso sonho. Uma vacina.